Capítulo XVI - Euforia

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Um trovão os despertou do beijo que parecia selar a existência de ambos, permaneceram com as faces próximas e ofegantes, não falavam, mas os olhares diziam tudo, bem como o sentimento que emanava deles. Sasuke foi o primeiro a reagir, àquela altura, tanto o vestido grosso dela, quanto a sua túnica e calças estavam encharcadas.

— Venha. — sussurrou, a conduzindo até o barracão próximo, que armazenava armas e outras ferramentas de treino, a construção de madeira era relativamente pequena, como um curral, havia palha espalhada por todos os cantos e algumas teias de aranha penduradas no teto. Ele passou a tábua de madeira na porta para bloqueá-la, apenas algumas frestas de luz natural que infiltravam as tábuas de madeira permitiam que enxergassem um ao outro. — Aqui estaremos abrigados da tempestade.

Sakura não conseguia emitir palavra alguma naquele momento, ainda tomada pelo calor do instante do beijo, sentia uma estranha ansiedade rondando seu estômago, enquanto em sua mente os pensamentos vagavam cada vez mais oscilantes, o que vinha acontecendo consigo?

Sentiu o rubor em sua face crescer quando notou que Sasuke retirava a túnica, deixando o abdômen pálido e definido à mostra, tinha de admitir que vê-lo daquela forma e com os cabelos molhados e escorridos para trás só o favorecia, quando deu por si, engolia em seco, como se estivesse prestes a degustar uma nova iguaria.

— O que foi, Sakura? Parece fora de si. — comentou com sua voz rouca, os olhos negros tinham um brilho quase nunca visto antes, era lascivamente instigante. — Não vai querer ficar com esses trajes molhados, estamos próximos de uma guerra, a última coisa de que precisamos é de uma arqueira de cama.

Caminhou lentamente até ela, fazendo algo no interior da Haruno se revirar a cada passo em que o via mais próximo de si, depois ele a rodeou como um predador faz quando cerca a vítima para o abate e disse em seu ouvido:

— O melhor é que ela esteja na cama.

— Sasuke... — foi a única palavra que conseguiu proferir com muito custo, em seguida atreveu-se a soltar mais algumas: — O que há entre nós? É como se roubasse toda a minha capacidade de raciocinar, não pode ser normal.

— Humpf. — disparou apenas e ela soube então que ele deveria estar sorrindo, aquele sorriso de canto maldito, irritante e irresistível ao mesmo tempo.

As mãos dele trabalhavam suavemente, soltou a faixa vermelha que mantinha o vestido marrom firme em sua cintura e ergueu a saia aos poucos, atento a qualquer reação, porém a Haruno parecia apenas consentir, então ele puxou a peça por sobre a cabeça dela, revelando uma segunda peça, que era cinza e feita de um linho bem mais fino, que só acompanhava as curvas de seu corpo.

Ele a virou subitamente, a segurando pelos cabelos e tomando seus lábios para mais um beijo intenso, ainda mais agora que estavam totalmente absortos de tudo e de todos, enquanto a outra mão impulsionava-a pelo seu bumbum, a erguendo de pernas cruzadas em seu tronco logo sem seguida. Deitou-a sobre um amontoado de feno que havia num dos cantos do cômodo, sem cessar o contato de seus lábios, interrompendo-o apenas o bastante para deixar beijos e mordidas fracas ao longo de seu pescoço e colo, Sakura se abraçava ao corpo masculino, afagando seus cabelos negros, sentia pressionado sobre seu ventre algo rígido e volumoso.

Sasuke conduziu sua atenção para os seus seios redondos e delicados, os apertando entre seus dedos, enquanto descia as alças da roupa de baixo feminina, seus lábios continuaram semeando beijos por aquela região, até que sua língua se dedicou ao seu mamilo já endurecido, o instigando mais ainda, provocando um tipo de formigação deliciosa na Haruno.

Os gemidos finos foram abafados pelo beijo molhado dele novamente, era como se naquele momento estivesse totalmente fora de si, perdida em algum lugar de seu corpo, apenas recebendo os estímulos que insistiam em tomá-la como a força da tempestade que caía lá fora. Sasuke também se sentia entorpecido pela beleza dela e quando tocou a entrada feminina com a ponta de dois de seus dedos, sentiu-a tão molhada, que instantaneamente lembrou-se de seu gosto, mas decidiu que a provaria de novo em outra ocasião, agora tudo o que importava era matar o desejo que o consumia há muito, desde que a escrava insolente se mostrou quem de fato era, ainda no feudo.

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