Recaída

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Demorei?? Sim, mas estou aqui pra alegra o nosso FDS..

Pov  Lauren  J.

Cinco jogos e quase duas semanas se passaram, o campeonato de futebol não podia estar melhor para nós e os meninos, não perdemos um jogo até agora e estamos no topo dos classificados com os melhores pontos e, como todo sucesso, isso merece uma comemoração. Os pais de Dinah cederam à casa toda para ela por um fim de semana inteiro e ela decidiu fazer uma festa com direito a tudo o que à de bom e ruim, isso vale um campo de paintball nos fundos da casa para os times e os mais chegados e a festa liberada a noite toda para o resto da escola, isso inclui os professores também.

Sendo assim, quando terminamos a última partida de paintball em que meu time perdeu feio, fui correndo para casa tirar aquela tinta do corpo e de lugares que eu nem achei que podia ter para me arrumar para a festa e
esperar Verônica com o táxi.

– Laur? – Chris entrou no meu quarto enquanto eu arrumava minha maquiagem em frente ao espelho.

– Sim, pequeno?

– Aonde você vai? – o corpo de seis anos subiu na minha cama com certa dificuldade e ficou escolhendo uma camisa para mim.

– A uma festa, quer ir? Vai ter bebidas, comidas, mulheres... – caminhei até
ele pegando a camisa de sua escolha, uma preta com um corte que parecia as laterais do corpo com um desenho de um timão de barco.

– Você não vai leva-lo para festa, Lauren Michelle – fiz uma careta para o pequeno e me joguei em cima dele na cama, provocando uma risada gostosa dele.

– Claro que não, se eu leva-lo ele vai arrasar com as garotas – fiz cócegas do
pequeno corpo.

– Mamãe, faz a Laur parar – disse em meio a gargalhadas se debatendo contra mim.

– Ela não vai te ajudar, pirralho – larguei meu corpo em cima dele, ouvindo-o grunhir para recuperar o fôlego.

– Verônica vem? – minha mãe adentrou quarto e logo senti algo ser jogado em mim, sai de cima de Chris e peguei a calça de couro jogada em mim, fiz um som nasal para ela e comecei a me vestir – Fique bem, certo? Confio em você para passar a noite fora mas...

– Eu sei, Dona Clara – disse divertida beijando sua bochecha – Eu vou ficar bem e é na casa da Dinha, você sabe onde é.

– Da para você atender esse telefone e ir logo para lá? Verônica está me dando nos nervos gritando seu nome na rua dentro de um porsche preto – a voz do meu pai ecoou pelo quarto – Não se esqueça dessa semana depois da escola, certo?

– Certo comandante! – calcei meus coturnos e beijei cada um deles saindo correndo para fora daquela casa antes de Verônica pire de vez.

Entrei no porsche de Taylor colocando a touca com meu sobrenome em minha cabeça e ela já arrancou com o carro dali em direção a casa da
Dinah, como sempre, Momsen estava com seu ar de superior e completamente ligando o "foda-se" para tudo, dessa vez com uma blusa do Motorhead preta, um cordão em forma de coleira, short escuro desfiado e botas pretas, o mesmo cabelo desarrumado de sempre; já Verônica, com toda sua feminilidade, vestia um vestido prata meio brilhante que realmente realçava seu corpo.

Foram quinze minutos até a casa de Dinah entre conversas e uma três garrafas de cerveja para esquentar. Taylor estacionou um pouco longe, já sabendo que seria caótico perto dali pelos milhares de carros espalhados por todos os lados, saímos do porsche já podendo ouvir um hip hop
qualquer e esbocei um sorriso involuntário ao ver o jeep wrangler unlimited de Camila.

Soltei meus cabelos que estavam presos em um coque e os deixei cair de qualquer jeito sobre meus ombros enquanto adentrávamos a casa.

– Tchau, pessoal! – Verônica se despediu de nós e foi para um lugar qualquer; dei uma olhada no lugar, gente já bêbada para todos os lados,
alguns garçons andando por ai com bebidas coloridas, algumas drogas passando por grupinhos.

– Lauren – olhei em direção a Taylor pegando um copo rosa de sua mão – Te vejo por ai – piscou para mim e saiu dali.

Dei de ombros e entrei na pista improvisada de dança acompanhando a música alta que ecoava pelo lugar, algumas músicas depois e apareceu uma guria ruiva ao meu lado puxando algum assunto que eu não tinha
ouvidos. Por algum motivo, eu sentia falta de algo, e eu sabia bem o que era. Nem prossegui com a conversa e sai dali atrás de bebida, parando no bar no canto da sala encontrando algumas meninas do time. Decidi ficar ali conversando com elas e bebendo até realmente começar a me animar, ou
ficar alegre sem precisar tomar pílula nenhuma. Mas devo dizer que estava bem difícil.

Como ironia do destino, que sempre quer foder com você, uma das meninas arranjou um saco de extase azul com um desenho de sol qualquer.

Tentei focar minha mente em outra coisa.

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