Promessa

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Gente vocês não dormem ???

A qualquer hora que eu atualizo tem alguém de prontidão kkkkkk

Boa leitura curtam e aproveitem ❤️

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Pov Lauren J.

Segunda de manhã chegou e com ela, o fim do meu "conto de fadas". Camila e eu teríamos caminhos diferentes por essa semana e depois da nossa conversa sobre a escola na noite de domingo todo, seria melhor ficarmos longe, pelo menos nos horários das aulas. Na verdade só ela falava, afinal eu não queria argumentar e acabarmos tendo uma briga porque eu não queria ficar longe dela, então só a deixei falar e a puxei para cama para dormir comigo, recebendo um carinho extremamente gostoso
nos meus cabelos.

Eu decidi não pensar por enquanto no que nós temos, na verdade ainda
estou assustada pelo rumo que isso vai levar e vou deixar as coisas fluírem,
ver o que acontece.

– Vamos J.L, para fora – a vice capitã do time de futebol disse quando fiz
uma careta de dor por tentar me esforçar.

– O que? Claro que não.

– Lauren... – a garota caminhou até mim e pousou suas mãos em meu ombro – Você está machucada, nós entendemos isso e a culpa não foi sua, tivemos uma reunião hoje mais cedo mas você ainda não tinha chegado e fomos comunicadas que o outro time está fora do campeonato, mas precisamos de você bem, então por favor, se recupere até não sentir mais nada e estar bem.

– Mas eu estou bem – bufei irritada.

– Não, você não está bem – Verônica me chutou para o canto do gol – Os treinadores falaram para você ficar longe por um tempo, Laurenzo, para sua melhorar.

– Mas eu esto... Caralho! – exclamei de dor sentindo o soco de Verônica sobre minha coxa esquerda, seus braços envolveram meu pescoço me puxando para um abraço.

– Me desculpe, mas aquela vadia te deu uma contusão, Laur – abracei a cintura da minha amiga apoiando o queixo em seu ombro – Eles dizem que você não precisa ficar longe, longe, sabe? Só evitar se esforçar mas pode ficar aqui conosco se quiser.

E é por isso que estou aqui, cantarolando The man comes around do Johnny Cash e fazendo um violão invisível com minha coxa direita, sentada na bola perto do gol e assistindo o time feminino treinar embaixo de um sol
insuportável. Às vezes eu ria quando alguém cai, gritava alguma coisa para
as meninas quando tinha algo de errado ou ajudava os treinadores com algo, mas eu queria estar ali, participando disso diretamente.

Dez minutos passados do ultimo sinal e o restante das meninas que tinham
a última aula chegaram para o treino, bufei em frustração e assisti os
primeiros alunos que acompanhavam o treino se sentarem na arquibancada. Olhei ao redor e vi uma figura conhecida falar com um dos treinadores, ele apontou em minha direção e encarei aqueles olhos
castanhos andando até mim, abri um sorriso quando ela parou na minha frente e engoli em seco por perceber sua cara nada boa e os braços cruzados.

– Jauregui.

– An, sim? – seria demais dizer que estou com medo?

– Temos que conversar sobre sua nota na minha ultima prova.

– Oh não, por favor Camila – esfreguei as mãos no rosto e senti suas mãos
deslizarem por minhas coxas, abri os olhos e encarei-a ajoelhada entre
minhas pernas.

– Você não fez a prova, Laur – disse em tom baixo e carinhoso.

– Eu já tenho problemas demais por hoje – resmunguei.

– Ainda sente dores? É por isso que não te deixam jogar? – ela chegou mais
perto de mim e pareceu esquecer que estamos na escola, dei de ombros ao
sentir suas mãos adentrarem meu short e fazerem carinho em minhas coxas.

– Eu tive uma contusão muscular um pouco séria, então eles me querem de
fora por um tempo.

– Sabe que isso é o melhor, não é?

– Mas eu estou bem – choraminguei, já sabendo que ganharia mais carinho por isso, foi o que aconteceu.

– Eu sei que está, pequena, mas eles querem o melhor de você e pra você. Então até que não esteja segura e completamente saudável, sem jogos, tudo bem? – resmunguei mais alguma coisa inaudível e a vi sorrir – Eu vou ligar para sua mãe – comentou me deixando fazer uma careta – É preciso, Lauren, você não fez a prova e estão me cobrando por isso sendo que era para você me procurar, e não eu.

– Que tal esquecer isso e eu te encher de panquecas de banana?

– Isso é tentador, mas não funciona assim.

– Camz... – resmunguei manhosa escondendo meu rosto em seu ombro. – Meu pai vai tirar o carro de mim por isso – suas mãos desfizeram o rabo de cavalo em meu cabelo para se perderem nos mesmos e começar uma caricia.

– Eu sinto muito – ela começou a rir baixo pelo meu drama

– Não tem graça.

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