⤷thirty-one

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𝑯𝑨𝑪𝑲𝑬𝑹, 𝑽𝑰𝑵𝑵𝑰𝑬

Quando Nikka mandou mensagem dizendo que havia esquecido o carregador na noite passada. Resolvo ir na casa da garota entregar. Essa também seria uma ótima desculpa para vê-la.

Nunca imaginaria que ficaria tão caidinho por uma mulher do jeito que estou. E isso fazia com que eu fosse alvo de zoações no grupo. Passo a mão no meu cabelo, jogando-o para trás após algumas mechas ficar irritando meus olhos e continuo dirigindo.

— Cara, se você quiser eu posso cortar seu cabelo. Já fiz curso na minha adolescência. — Bryce falou, me fazendo ficar assustado e quase bater o carro. Minha sorte foi que buzinaram a tempo.

— Que horas você entrou no meu carro? — Questionei, visivelmente chocado e olhei pelo retrovisor. Ele estava sorridente, como se aquilo fosse normal de fazer.

— Eu escutei você falando no telefone que iria levar meu carregador pra Nikka e entrei no carro sem que você percebesse. — Responde normalmente. Revirei os olhos com tanta força, que senti uma pequena dor na região. Apertei minha mão no volante e solto um suspiro pesado.

Todos os meus planos de ter um momento a sós com Nikka, foi por água abaixo. Era impossível não ficar irritado com isso.

Saberia que em algum momento um dos meninos tirariam minha paz, mas não imaginaria que seria tão cedo e muito menos que seria Bryce.

Liguei o rádio, colocando em uma estação aleatória na qual tocava Nice for what do Drake e ignoro a presença do Bryce em meu carro. Dirigia com calma e quieto.

Observei as ruas ao redor, percebendo que estava chegando perto da casa dela. Batuquei meus dedos no volante e travei o maxilar.

Estava nervoso. Meu corpo começou a esquentar de tanta ansiedade.

— Sei que você está com raiva, mas prometo que vou ficar na minha. — Bryce falou. - Pode fingir que eu sou seu animal de estimação.

— Se você fosse meu animal de estimação, já teria te colocado na adoção. — Resmunguei mal-humorado.

— Estou falando serio. Pensa comigo. — Ele falou jogando o corpo para frente, no mesmo momento em que eu havia estacionado o carro em uma vaga perto da casa da Nikka. — As vezes eu te obedeço, você me alimenta as vezes. E bom, até banho você já me deu.

— Certo, cala-boca. — Peço impaciente. — E pelo amor de Deus, nunca mais fale isso em voz alta. Pois todas essas coisas que eu fiz foi porque você estava bêbado.

— Você é tipo o meu pai. — Ele continuou falando. Peguei o carregador da garota no porta luvas e sai do carro, deixando Bryce para trás.

Definitivamente, se eu fosse pai do Bryce teria saído pra comprar cigarros. Ainda bem que isso nunca irá acontecer, nem em um universo paralelo.

Ajeitei a camiseta que eu estava vestido e aperto a campainha. Respiro fundo tentando não ficar nervoso e encarei Bryce que me olhava com um sorriso zombeteiro. Balanço a cabeça negativamente, pois não estava com cabeça para piadinhas vinda do mesmo.

Não demorou muito para que a porta foi aberta. Confesso que minha decepção foi enorme ao perceber que não foi Nikka que abriu a porta e sim um homem dos cabelos longos.

Porra! Não consegui disfarçar o quão incomodado fiquei. Até mesmo o homem percebeu. Fiquei alguns segundos nervoso sem falar nada e suei frio. A ação de Bryce foi dar uma cotovelada na minha costela, me fazendo sair dos devaneios.

— Nikka está? — Foi a única coisa que consegui perguntar. O homem assentiu com a cabeça positivamente e soltou um grito, chamando pela garota.

– Se quiser entrar. — Ele falou, saindo da porta. Prefiro ficar esperando para evitar mais constrangimentos.

Olhei pelo canto dos olhos e percebo que Bryce segurava o riso.

— Qual a graça? — Questionei, visivelmente curioso.

— Não sei. Gosto do sofrimento dos outros.

Antes que eu pudesse reclamar com Bryce, a garota apareceu na porta toda sorridente. Retribuo o sorriso e acabo sendo pego de surpreso quando Nikka me abraçou. O abraço durou apenas alguns segundos, mas pude apreciar cada segundo.

— Não sabia que Bryce também viria. — Nikka falou abraçando o moreno.

Pois é, nem eu saberia.

— Entrem! — Ela nós empurrou para dentro da casa sem pensar duas vezes.

Olhei ao redor da sala e prestei atenção em um grupo que estava sentado no sofá. A Mackenzie já conhecia, ela estava tomando cerveja e acenou para mim. Junto com ela, estava uma mulher loira da pele bem saudável e bronzeada, só me lembrei dela pois Blake estava caidinho pela mesma. No outro canto, estava o homem que abriu a porta abraçado com uma mulher dos cabelos vermelhos. Fiquei tranquilo após ela beijar os lábios dele.

— Oi, gente! — Acenei de um modo simpático para todos.

Bryce já foi completamente diferente após ver a Mackenzie. Já puxou a garota para um abraço e bagunçou os cabelos dela.

— Você já está bebendo. — Escutei Bryce falar com a tatuada. — Cuidado com o fígado.

— Vou pegar uma latinha pra você beber comigo. — Ela falou demonstrando animação e saiu da sala.

— Álcool a essas horas é veneno. — A ruiva falou.

— Amor, se é veneno, então por que você bebe? — O homem questiona.

— Há coisas dentro de mim que eu preciso matar.

Desviei a atenção do pessoal e encarei Nikka. Estendi a mão entregando o carregador para ela.

— Bryce disse que era dele, por isso não trouxe antes. — Falei, me apoiando atrás do sofá.

— Obrigada, Vinnie. — Ela agradeceu e se virou para Bryce. — Deixe de roubar minhas coisas, querido. — Falou em um tom brincalhão.

— Você roubou o meu homem, nada mais que justo. — Bryce apontou para mim.

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tattoo, vinnie hackerOnde histórias criam vida. Descubra agora