tattoo, vinnie hacker

⤷thirty-seven

Faziam exatamente dois dias que Vinnie e Nikka não conversaram mais, tudo começou a ficar estranho após Griffin ter lido todas as conversas do grupo. Era estranho, pois Griffin era amigo dos dois, então, ainda não teve coragem de revelar a verdade para Vinnie. Por mais que ele parecesse intrometido, aquilo era um assunto que ele não teria coragem de falar para o amigo.

Vinnie passou muito tempo em crise depressivas, se isolando de todos por conta de relacionamentos que não deram certos. Esse foi um dos piores momentos que passou sozinho. Mesmo as amizades deles sendo caótica, foram os meninos que o ajudaram, ele era grato por todos apesar de todas as brigas e confusões. Após esses acontecimentos, era normal os meninos desistirem de ir para baladas só para poder ficar com Vinnie, assistindo o anime mais aleatório do mundo e rindo das piadas mais bestas existentes.

Em uma das noites, Vinnie e Kio ficaram no Youtube procurando músicas pra poder colocar na Lista de reprodução e "Kidult" foi uma que virou a favorita de ambos. A música claramente lembrava a todos que não há problema em ficar triste e ser feliz, que cada um é precioso. Todo sentimento é valido.

Kidult havia virado a música de conforto do Vinnie por muito tempo.

No momento Vinnie está jogado na cama, somente usando uma bermuda preta e olhando para o teto com um sorriso apaixonado no rosto. O sorriso da Nikka passava como um filme nos pensamentos do tatuado. Vinnie se sentia feliz em encontrar um lar em outro peito.

Ter se apaixonado pela Nikka era o mesmo que produzir Dopamina, lhe dava sensação de prazer. Era como um vício que Vinnie não se importava em ter.

O tatuado se levantou da cama, olhou para o lado e viu a pintura que fez da menina. Sorriu involuntariamente ao pensar em entregar para ela - um dos planos dele era fazer isso amanhã e dizer os verdadeiros sentimentos que corroía o coração dele.

— Ei, Vinnie. Vamos tomar café. — Bryce falou entrando no quarto do mesmo, sorrindo de canto ao ver o amigo só de bermuda e fez rapidamente os labios se transformaram em um biquinho de "peixe". — Nossa, como você é lindo. Vem me dar uma bitoca!

Bryce falou correndo atrás do amigo, que rapidamente arregalou os olhos e saiu rindo do quarto. Tentava se livrar dos abraços dele, as vezes Bryce era gay demais mesmo sendo hetero.

Assim que Vinnie chegou na cozinha viu os amigos dando risada e tomando café da manhã.

— Bom dia. — Disse Hacker indo pegar água na geladeira, porém a expressão estranha que Griffin fez. Aquilo deixou o garoto intrigado.

Ele se perguntava mentalmente se tinha alguma coisa errada. Mas ao mesmo tempo, Griffin era estranhamente desse jeito. Ninguém conseguia descobrir como o menino era dessa forma, sempre que questionavam a resposta era "minha mãe pediu pra o médico me examinar quando eu era criança."

Ele pegou a garrafa de água e tomou direto na boca, como de costume. Se virou para o lado e teve a cena mais icônica de Bryce e Josh.

— Lá vai o trenzinho. — Josh disse estendendo uma colher com omelete na direção de Bryce. — Abre a boquinha.

— Piui, Piui. — Bryce falou fazendo barulho de trem. Abriu a boca e comeu a omelete. — Tic-Tac.

— Sujou um pouco. — Ele limpou a boca de Bryce com um guardanapo e os dois iram.

— Cara, espero que vocês nunca façam isso em público. Por favor! — Kio disse fazendo uma cara de nojo, fazendo com que as rugas do rosto ficassem cada vez mais visíveis.

— O que? — Bryce falou com a boca cheia, como se não tivesse entendido nada. Mas vindo dele, realmente não entendeu o quão horripilante foi a cena.