⤷thirty-four

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Hacker, Vinnie.

— Só por conta da sua vergonha, você vai ter que me pagar um almoço. — Bryce falou reclamando pela milésima vez. Se eu soubesse que ele iria ficar chato desse jeito, teria deixado na casa das meninas.

Fora que o mais velho comia bastante. Iria acabar com todo o meu dinheiro.

— Se você não calar a boca, juro que te jogo nesse carro. — Resmunguei irritado e ameacei Bryce. A qualquer momento eu chutava o mesmo no carro em movimento. — Fala só um "A" pra você ver.

Bryce levantou as mãos em forma de rendição e ligou o rádio. Conectou no Spotify e colocou "this is me" para tocar. Em questão de segundos, começa a cantar alto e abrir as janelas do carro.

— Cara. — Bryce gritou para mim, por conta da música alta. Abaixei o volume do carro pra escutar melhor o moreno. — Sabe... a gente deveria viajar. Lembra daquela nossa viagem pra o México? Foi muito bom.

— A gente perdeu o Griffin. — Arqueio a sobrancelha e balanço a cabeça de uma forma negativa.

— Por isso mesmo... se não fosse pelo bocudo do Josh, estaríamos livres dele. — Bryce falou com um tom bem humorado, me fazendo soltar uma risada sincera e alta.

Começo a perceber que todas as viagens que tive sempre foi em grupo. Nunca viajei sozinho, nem mesmo para a casa dos meus pais — pois acabava que os meninos iam juntos. No final, meus pais "adotaram" os garotos a força.

Todas as viagens que fiz, sempre resultava em problema. Isso era nítido.

Estava pensativo demais que acabei nem percebendo. Meu celular vibrou e Bryce foi o primeiro a pegar, simplesmente desbloqueou com a própria digital. Franzi o cenho e ficou o questionamento remoendo em minha cabeça em como Hall cadastrou a digital dele. Mas tinha até medo de perguntar.

Tomei o aparelho na mão do garoto e fui verificar o que era. Revirei os olhos após perceber que era apenas ofertas do supermercado.

— Nossa, o molho de tomate está barato. Bora' lá comprar. — Bryce falou e pegou a minha carteira.

— A gente vive de fastfood. Não tem motivos pra comprar molho de tomate. — Balanço a cabeça negativamente, pois seria dinheiro jogado fora deixar o alimento estragando na dispensa.

Quando estava prestes pra guardar o meu celular, escuto um barulho da viatura e me xingo mentalmente. Tinha esquecido que ficava uns guardas esperando a hora certa em aplicar multa.

— Fica de bico fechado, por favor! — Falo para Bryce, até porque ele vivia debatendo com os policiais sem medo de levar algum tiro ou ser preso.

— Até parece que eu sou maluco. — Ele falou.

Prefiro ficar quieto pra depois não me chamar de estúpido.

Parei o carro na rodovia e deixei os vidros baixo. Olhei pelo retrovisor e vejo o policial caminhando até o meu carro. O fardado não me era estranho e sim familiar.

— Boa tarde, senhor! — Fui o mais educado possível, com medo de levar outra multa. O homem tinha a cara um pouco enrugada por conta da idade e não esboçava nenhuma expressão gentil.

— Nossa, é emocionante conhecer o pai da Eva. — Infelizmente Bryce resolveu abrir a boca, fazendo uma piada totalmente sem graça. Bom, devo dizer que no momento estava sem graça, mas depois iria rir.

— Sabe que é proibido mexer no celular? Ou sua habilitação é falsa? — O policial falou de uma forma estúpida e pegou meu documento, para preencher o papel. Bom, espero que a multa não me faça atrasar a conta de luz. — E você, rapazinho. — Aponta para Bryce. — Na sua idade eu aparentava ser bem mais jovem do que você. Não vai demorar muito pra você ficar com uma cara de maracujá.

Tento segurar a risada e o homem me entregou a multa, junto com os documentos. Agradeço e assim que ele se retirou, soltei a risada entre meus lábios. Pela primeira vez alguém conseguiu deixar o Bryce Hall sem palavras.

— Filho da puta. — Ele resmungou assim que o policial saiu. — Até parece. Esse homem era tão velho que quando Deus disse haja luz, ele já tinha passado a fiação.

— Você tem sorte que não foi preso. — Falei após cesar a risada e vejo que a multa era de duzentos e noventa dólares. Liguei o automóvel e voltei a dirigir.

— Se eu fosse preso ia pedir socorro pra Mackenzie.

Fiquei confuso com o que Bryce falou.

— An'? Por que pra ela?

— Aquele o pai dela. Pelo menos era o mesmo sobrenome que estava na farda. Era Hudson.

Agora comecei a entender o porquê da semelhança dos dois. Ainda bem que o Bryce não falou mais nada pro policial. Pois sei que Mackenzie era do texas e bom... a maioria das pessoas do local sabiam atirar.

Dirigia no silêncio em direção ao estúdio de tatuagem. E Bryce ficou mandando áudio para alguém, fofocando sobre as derrotas da vida e até focar em meu nome.

Dizia que eu era fracassado no amor e na vida. Era como se eu não estivesse ao lado dele, incrível, não?

E por fim, ainda mandou um áudio reclamando que eu havia deixado ele com fome. Eu realmente teria um lugar guardado no céu pra ter que aturar ele.

Estaciono o carro em frente ao estúdio e tirei o cinto de segurança.

— Bryce... - Chamei pelo nome dele. — Pelo bem da minha sanidade e da sua saúde. Some da minha frente.

Em questão de segundos ele saiu do carro, me fazendo soltar um suspiro de alívio.

Peguei meu documentos no carro e saí. Travei a porta e fui andando em direção a entrada do estúdio. Vejo Kio na recepção conversando com Griffin e Larray.

— Vinnie, o Larray quer falar com você. — Kio falou após me ver entrando e eu apenas balancei a cabeça negativamente.

— Se for humilhação deixa pra outro dia que a cota de hoje já tá' esgotada.

Fui em direção a minha sala que era no final do corredor.
Como a sala de Blake ficava antes da minha, escutei uma voz feminina conhecida.

Arqueio a minha sobrancelha, dou passos pequenos e leves pra não chamar atenção. Ao olhar pra dentro da sala, me assustei e fiz barulho.

O motivo do susto foi que Mackenzie estava deitada na maca fazendo outra tatuagem nas costas. Acabei chamando a atenção dos dois.

— M-aa-as. — Gaguejei, pois não era possível que a garota já estava aqui.

— Ei, Vinnie! - Ela acenou sorrindo. — Bom te ver novamente.

— Como você chegou aqui tão rápido? — Foi a primeira coisa que saiu da minha boca.

— Eu sai logo após você. E que coincidência te encontrar aqui, Hacker.

— Ah, realmente, realmente, Mackenzie. — Falo. — É uma grande coincidência encontrar comigo no meu estúdio. O que você está fazendo aqui?

Percebo que chamei a atenção do resto do pessoal, pois Kio e Griffiin apareceram ao meu lado.

Griffin feliz em ter visto a garota, mas Kio mantinha uma expressão estranha no rosto.

— Vim peneirar areia. Não está vendo que eu estou fazendo tatuagem? Oras, fecha a porta.

Apenas fiz o que a garota pediu e encarei Kio e Griffin em seguida.

— Por que você está estressado? — Kio questiona.

— A vida do homem solteiro é assim, um dia tá ruim e no outro tá pior. — Griffin respondeu por mim.

Droga, pensar demais em Nikka estava me deixando maluco. Eu precisava me tratar, ou ter uma conversa séria com a garota.






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finalmente voltei, depois te tantas promessas

peguei férias do trabalho então vou aproveitar pra atualizar aqui

não sei se ficou bom, pois estou um pouco enferrujada. mas espero que gostem

tattoo, vinnie hackerOnde histórias criam vida. Descubra agora