CARLA
Decido esperar ele no quarto. Agora quem ta apreensiva com essa conversa sou eu. E confesso que um pouco puta também, não to entendendo porque esse distanciamento todo e essa situação ta me gatilhando demais. Fico deitada na cama, rolando a tela do celular até ele aparecer, não demora muito, ele vem pro quarto só de toalha, eu tento não olhar pra não perder o foco. Ele pega um short na cômoda e vai ate o banheiro se trocar. É a gota d'água pra mim.
Carla: que porra ta acontecendo, Arthur?! - falo levantando da cama enquanto ele sai do banheiro.
Arthur: o que? - sonsoCarla: Você! Todo estranho! Podia muito bem ter vindo tomar banho comigo e preferiu tomar banho sozinho la no outro banheiro, ai agora não troca de roupa na minha frente. Pra sua informação eu ja vi seu corpo nu mais vezes do que eu possa contar, caso você tenha esquecido! - eu to fervendo de raiva - que porra você falou pra sua mãe?! Porque claramente eu não ouvi tudo, ou tem mais coisa acontecendo porque não é possível que só a parte que eu ouvi tenha te afastado de mim assim, eu não to entendendo nada! - bufo e meus olhos ardem com as lágrimas despontando
Arthur: linda, desculpa - ele vem rápido ate mim e segura meu rosto me fazendo olhar pra ele - eu só fiquei nervoso com essa conversa que a gente vai ter, foi só isso - ele desliza o polegar pela minha bochecha, os olhos nos meus, preocupados
Carla: mas você ta nervoso com o que, cara? Sou eu, é a gente! - ele encosta a testa na minha e abraça minha cintura, enquanto eu deixo as mãos repousando em seu peitoral
Arthur: a gente ja brigou por causa disso mais vezes do que deveria, eu luto com minhas inseguranças todo dia, e eu sei que é demanda minha e uma demanda injusta - ele levanta o rosto mas continua me olhando e me abraçando - você não me dá motivos pra ficar inseguro, e por isso eu não quero colocar essa carga em cima de você, a de marido ciumento. Isso ja desgastou muito a gente no passado. E eu sei que é seu trabalho - ele respira fundo e desvia o olhar do meu - Eu não falei nada demais pra minha mãe, eu só me odiei por não ter conseguido segurar a onda e deixar transparecer minha angústia em relação a isso. Tava mais na minha pensando em como fazer pra reverter isso, não quero te magoar - ele volta o olhar pra mim - Não quero que você se preocupe, não quero que ache que tem que escolher, eu vou ficar bem. Vou dar um jeito de ficar - ele engole em seco com os olhos marejadosCarla: oh meu amor - puxo o rosto dele ate o meu e colo nossos lábios em um selinho demorado - eu amo tanto você! - seguro o rosto dele fazendo com que me olhe - e é por te amar tanto que eu quero que você divida tudo comigo, por favor. Lindo, eu não quero que você se sufoque e se angustie dessa forma - deslizo a mão pelo pescoço dele e acaricio sua barba - conversa comigo, divide comigo. É o meu trabalho, e infelizmente eu vou ter que fazer, mas isso não quer dizer que vale mais pra mim do que a gente. Você tem que me falar, nem que seja pra que eu responda "Lindo, é trabalho! O amor da minha vida é você e nada muda isso" - ele sorri - fechou?
Arthur: fechou - ele sussurra e me beija
Carla: como você me dá trabalho, garoto - falo rindo enquanto ele cheira meu pescoço - sorte a sua que eu sou louca por vocêEle segura minhas pernas e me coloca no colo de repente, o que me faz da um grito. Imediatamente levo a mão a boca, e nós dois começamos a rir, não podemos fazer barulho.
Ele me deita na cama e deita por cima de mim.
Arthur: eu te amo - me dá um selinho - desculpa por essa confusão, eu vou melhorar
Carla: eu amo você desse jeitinho - faço carinho no rosto dele - meu marrento - o puxo para um selinho - eu só preciso que você converse comigo e não se feche pra mim, ta bom?
Arthur: sim - ele assente e começa a me beijar devagar.Ele desliza as mãos pelo meu corpo e eu sei que nossa noite ta só começando. Ele me satisfaz de todas as formas possíveis, sempre foi assim, e continua sendo mesmo depois de tanto tempo.