Capítulo 8

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Dou de ombros e deixo o protetor na beirada da piscina, mas antes que eu pudesse me virar de volta sinto os braços da Valentina me girando pela cintura e me prensando na borda da piscina. Por um momento ficamos nos encarando, as mãos dela faziam carinho na minha cintura enquanto ela olha para a água, o que ela estava olhando? Não sei, mas se ela erguesse a cabeça minhas pernas iriam bambear. E foi o que ela fez, me encarando por alguns segundos antes de tomar a iniciativa e me roubar um beijo, que logo correspondi. O beijo que começou lento em tom de exploração logo se transformou em um beijo intenso e selvagem. Sinto Valentina pressionar minha cintura com as mãos, como se tomasse coragem para o próximo passo, e foi isso que ela fez, descendo a mão pela minha bunda. Minhas mãos estavam perdidas nos cabelos dela. Estava totalmente perdida naquele beijo, sinto ela pressionar minhas pernas para cima e me agarro em sua cintura, ficando pendurada pelo pescoço ela enquanto nossas línguas se exploravam.

Não sei quanto tempo se passou, mas encerramos o beijo com um selinho e ela me olhou daquele jeito e pude sentir meu rosto ficar vermelho, então soltei uma risadinha e sai do colo dela.

Valentina: O que foi?

Eu mordia os meus lábios, não sabia o que tinha acontecido ali, mas sabia o que eu estava sentindo, o que o meu corpo estava sentido, mas aquilo, era inexplicável para dizer o mínimo.

Luiza: O que acabou de acontecer aqui?

Valentina: Não sei – consigo perceber em seu semblante que ela estava sentindo o mesmo que eu. Sou tomada por um lapso de coragem e a puxo para mais um beijo, dessa vez com uma sensação mais urgente, faço carinho pelo corpo dela enquanto nos beijamos e as mãos dela param em minha bunda, era como se ela já tivesse um lugar favorito no meu corpo. E aquele toque, aquela tara dela em ficar com a mão na minha bunda, estava me deixando louca de tesão. Consigo perceber que a respiração dela se encontra no mesmo ritmo da minha, meu ventre ferve, minhas pernas bambeiam. Nos afastamos e nos encaramos, nossos olhares já estavam selvagens, o desejo era nítido. Finalizo aquele momento com um selinho, mas ainda continuamos abraçadas e as mãos dela fazendo carinho na minha cintura. Quando o calor do momento passa começamos a rir com aquela troca de olhares, e forma como estávamos.

Luiza: Que loucura!
Valentina; O que?

Luiza: Isso

Valentina: Não gostou?

Luiza: Não – consigo perceber que ela esboçou um semblante meio triste – eu gostei, mas o seu beijo numa lista era o último que eu esperaria receber e gostar.

Valentia: É?

Luiza: Sim, gostei – vejo os olhos dela brilharem, me aproximo e entre alguns selinhos completo – muito!

Ficamos sorrindo, mas quando vejo que Duda e Igor chegaram, naturalmente nos afastamos e resolvo sair da piscina, Valentina também sai!

Luiza: Que demora hein

Duda: Ai amiga, uma fila! Quase que a gente desiste!

Eu me viro para pegar meu short e não ficar andando de biquíni quando vejo a Duda olhar para a minha bunda assustada.

Duda: O que aconteceu aí? – ela pergunta apontando para minha bunda e eu me viro para tentar ver antes de subir o resto do short, observando que Ficara vermelho onde a Valentina me apertou.

Luiza: Ah, isso? Estava sentada ué.... – dou de ombros e termino de vestir o short, então meu olhar encontra o de uma Valentina que parecia estar se divertindo bem com aquela situação.

Duda: Luiza, trouxe as coisas para você fazer o seu vinagrete divino.

Pego a sacola e vou até a pia para preparar, vejo que Valentina estava próxima e mexendo no celular.

Luiza: Dá para ajudar? Ou a madame não suja as mãos?

Valentina: Pede com jeitinho que eu ajudo – ela disse aquilo quase que e um sussurro e consegui sentir a mudança de temperatura em meu corpo. Então resolvi ignorar e voltei a atenção para as coisas.

Valentina: Com o que eu posso ajudar? – ela pergunta batendo o quadril no meu

Luiza: Toma, cuida da cebola!
Entrego as cebolas para a Valentina e vejo que ela está literalmente chorando para picar, então encosto a mão sobre a dela que segurava a faca.

Luiza: Deixa comigo, cuida do tomate.

Após alguns minutos, um vinagrete, e algumas carnes prontas, resolvemos sentar para comer.

Duda: Bebe comigo, Luiza?

Luiza: A senhora não vai dirigir?

Igor: Ou vocês podem dormir aqui!

Luiza: Duas noites fora e meus pais me matam.

Duda: Que mentira, nem seus pais aguentam mais sua vida de encalhada

Luiza: Vamos beber, mas eu vou de ônibus ou peço meu pai para me buscar.

Duda: Chata! Se você não for dormir aqui, eu também não vou!

Luiza: Ih! Nasceu grudada em mim?

Duda: Não, mas você só veio porque eu insisti.

Luiza: Vou pensar no seu caso – de certa forma eu estava receosa pelo fato de que não era tão próxima do Igor e Valentina assim para dormir ali, mas ao mesmo tempo me dava borboleta no estomago em pensar como seria a coisa com a Valentina se eu dormisse aqui.

Duda e Igor sentam na minha frente e Valentina se senta ao meu lado com os copos posso sentir uma certa aproximação da Valentina que sussurra:

Como tudo começou (Valu)Onde histórias criam vida. Descubra agora