Janja
S/n foi pro quarto dela e eu fiquei pensando no que ela me contou. Eu deveria imaginar que uma hora ela iria sentir o peso negativo do sobrenome que ainda nem é dela oficialmente. Preocupada, cogito ir até a escola.
L: meu amor, você não vem almoçar? — entra no escritório —
J: oi, amor! — desperto dos meus pensamentos — tô indo, eu só tava organizando essa papelada...
L: você parece preocupada, aconteceu alguma coisa?
J: S/n chegou triste da escola e me contou que os colegas chamaram ela de ladra... — ajusto meus óculos — você sabe o motivo
L: eu sabia que isso ia acontecer...
J: eu vou até a escola conversar com a direção, isso não vai ficar impune.
L: a S/n sabe da verdade, não é? ― mexe na gravata nervosamente ―
J: eu conversei com ela — o abraço de lado — fica tranquilo, ela sabe que o futuro pai dela é um homem maravilhoso...
L: não exagera, Janjinha...
J: bobo — beijo sua bochecha — vamos almoçar, eu tô com fome
depois do almoço, enquanto a S/n foi no shopping com a Simone e o meu marido voltou pro trabalho, eu fui até a escola conversar com a direção. Acompanhada dos seguranças, entrei na sala da diretora e sentei em uma das cadeiras de estofado azul marinho.
― boa tarde senhora Rosângela. Posso saber o que a traz aqui?
J: só Janja, por favor ― ajusto os meus óculos ― e eu vim falar sobre a minha filha S/n. Ela me contou que alguns colegas andam fazendo provocações e a chamando de ladra, creio que deva saber o motivo.
― certamente, senhorita, mas veja bem, eles são adolescentes, ainda não têm maturidade pra entender assuntos mais complexos
J: isso não justifica nada, a escola não deveria ser um lugar de perseguição política! Eu quero que os alunos que ofenderam a minha menina sejam devidamente punidos, e, se acontecer de novo, eu terei que ser menos tolerante.
— sim, senhorita... — toma postura — tomarei as devidas providências.
J: ótimo — me levanto e pego minha bolsa — e que fique claro, a vida política do meu marido não deve interferir no modo de tratar a S/n, ela merece ser respeitada.
— certamente.
Saio acompanhada dos seguranças e volto pra casa. Durante o caminho, me preparei para a conversa com a S/n. Di
Durante o almoço eu havia comentado sobre o que iria fazer e ela não gostou muito.Mal cruzo a porta do Alvorada e um furacãozinho em forma de criança me abraça forte.
J: esse abraço gostoso tem algum motivo especial? — sorrio —
S/N: tem... — se afasta um pouco —
J: me conta então! — continuo sorrindo —
S/N: primeiro, por que você se preocupou comigo e foi até a escola, e segundo, isso aqui chegou... — pega um envelope de cima do sofá e me entrega —
Abro o envelope e leio o documento cuidadosamente. Na metade da folha, meus olhos se enchem de lágrimas, dificultando um pouco a leitura.
J: deu certo... — tiro os olhos do papel e a olho surpresa — você é oficialmente S/N Lula da Silva...
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adotada pela primeira dama ● Janja and you
Фанфикessa história é fictícia! Os fatos narrados não são reais! (S/n = seu nome) S/N Miller é uma garotinha de 8 anos que morava com o pai, que era um homem terrível. Com medo dele, ela decidiu fugir de casa. Porém, durante suas idas e vindas pelas ruas...