capítulo 29

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Lula

Coloquei Isabela atrás de mim e encarei o homem à minha frente.

L: como você conseguiu passar pelos seguranças?

B: isso não vem ao caso, nós temos coisas mais importantes pra resolver, Luís — põe a mão no bolso — tira essa criança daqui

Me viro para minha filha e agacho, ficando na altura dela.

L: corra, vá pro gabinete da sua mãe e diga a ela pra não sair de lá por nada, está bem?

Isa: mas e você?

L: papai vai ficar bem, meu amor, só faça o que eu tô pedindo, por favor...

Isa: tá bom... — sai correndo —

B: protegendo a filha, que bonitinho...

L: suponho que não tenha vindo aqui pra ver minha família, não é mesmo?

B: certamente

Ele saca uma arma e aponta pra mim, nesse momento, sinto minhas pernas bambearem e me apoio na mesa, ficando de costas pra mesma.

L: por favor, vamos conversar, eu tenho mulher, tenho uma filha de 8 anos pra criar e a minha caçula que acabou de nascer, não posso deixá-las...

B: você deveria ter pensado nelas antes de roubar o meu lugar, Luís Inácio — destrava — ah é, esqueci, roubar é a única coisa que você sabe fazer!

L: e matar é que VOCÊ sabe fazer né? Ou esqueceu que não passa de um genocida idiota?

B: não me desafia, desgraçado!

L: você deveria estar apodrecendo na cadeia depois de tudo que fez, aceita de uma vez que eu ganhei as eleições e tô reconstruindo o país que você deixou em pedaços! — parto pra cima dele, fazendo a arma ser apontada pra cima — larga essa arma!

B: o poder combina mais comigo seu miserável — me dá um soco —

L: agora você vai ver seu covarde! — devolvo o soco —

Com a força do meu soco, ele bambeia e cai no chão, deixando a arma cair e parar embaixo da mesa. Me aproximo e o seguro pela gola da camisa, o colocando contra a parede.

L: você vai pagar muito caro por tudo que fez comigo e com meu país! — dou outro soco — isso foi pelos crimes que você inventou que eu cometi! — outro soco — e isso foi pelos 580 dias que eu fiquei preso!

A adrenalina e a raiva tomam conta do meu velho, porém enérgico, corpo. Dou outro soco na cara dele e me lembro do sofrimento da Janja quando perdeu a mãe pra covid, todo o sofrimento do povo brasileiro passa comp um filme na minha cabeça, me dando ainda mais vontade de socar a cara desse miserável. Antes que prossiga batendo nele, ele me empurra, me fazendo cair no chão. Ensanguentado, ele se arrasta pelo piso do gabinete e pega arma de volta. Eu me levanto apoiado na parede e novamente vejo a pistola apontada pra mim.

B: aprende, Luís Inácio...eu sempre ganho no final... — diz ofegante —

— não!

Olho pra trás e vejo Janja parada na porta, ela corre até mim e se coloca na minha frente.

L: Janjinha...

J: atira em mim! — diz ofegante — quer ver ele sofrer? Quer vê-lo morto? Atira em mim, eu garanto que vai doer muito mais nele do que em mim. Se me matar, vai ver ele morto por dentro.




Eaí pessoal? Querem mais um hoje? 👀

adotada pela primeira dama ● Janja and youOnde histórias criam vida. Descubra agora