capítulo 9

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Lula

Os militares do exército encontraram o lugar onde minha Janjinha está e foram resgatá-la, enquanto isso, eu fico andando de um lado pro outro, nervoso e apreensivo.

Di: desse jeito você vai abrir um buraco no chão, criatura! Se acalma!

L: eu preciso da minha Janjinha! Aqueles idiotas devem estar machucando ela!

S/n: calma, pai...— põe as mãos no braço forte do mais velho — a mamãe vai precisar da gente calmo e tranquilo, o senhor tem que se acalmar

L: esse é um momento em que eu tenho tudo, menos calma — olha pra filha — portanto, eu só vou me acalmar quando a sua mãe estiver em casa e em segurança

G: ih S/n, não adianta insistir, quando ele coloca uma coisa na cabeça não tem nada que o faça mudar de ideia

S/n: você não tá ajudando muito, tia Gleisi

So: ô Lulinha, senta aqui e toma esse chá de camomila que você não pode infartar agora, você tem um país pra governar

Si: por que você sempre perde as oportunidades de ficar calada, meu amor?

As horas se passam e nada de noticías, eu já estava ficando agoniado com toda essa espera, até que Alexandre adentra o escritório trazendo uma pasta nas mãos.

Si: até que enfim, homem!

S/n tio Xandão!

L: fala, companheiro, conseguiram alguma coisa?!

A: conseguimos resgatar a Janja, ela foi levada ao hospital. Eu apurei tudo que consegui e estou cuidando da punição dos responsáveis. Aqui tem todas as provas.

Di: graças a Deus!

L: e como a Janjinha tá?

S/n: a gente pode ir ver ela?

A: uma pergunta de cada vez — põe a pasta na mesa — bem, ela está bem abalada, mas acho que se recupera bem. E sobre vê-la, eu acho que só a família deveria ir nesse primeiro momento, ela está sensível, passou por muita coisa.

Di: coitadinha...

So: eu vou matar aquela vaca da Micheque e o corno do marido dela!

A: se acalme, senadora, as devidas providências estão sendo tomadas

(...)

Eu e S/n adentramos o hospital bastante preocupados. Estávamos na sala de espera quando um médico se aproxima segurando uma prancheta.

— parentes da paciente Rosângela Lula da Silva?

L: aqui!

S/n: a minha mãe tá bem?

— a paciente deu entrada com muitas lesões nos braços e pernas, visivelmente abalada e sentindo fortes cólicas, além de um sangramento vaginal. Nós fizemos os exames e constatamos que ela sofreu algum tipo de violência sexual ou abuso.

L: c-como assim?

— não temos como saber, exatamente... — vira a folha da prancheta — a paciente está no quarto 13, podem ir vê-la

L: obrigado

Antes que S/n me seguisse, eu segurei firme seu braço.

L: filha, eu quero um momento a sós com a sua mãe

S/n: tudo bem, eu espero aqui

Fui até o quarto e quando entrei, vi meu anjo loiro encarando a parede, perdida em pensamentos. Tentei fechar a porta sem fazer barulho, mas ela acabou percebendo a minha presença e escondeu o rosto nas cobertas.

L: meu amor... — me aproximo —

J: não... — vira o rosto de lado — não olha pra mim...eu sou uma mulher suja...

L: Janjinha, não fala assim... — srguro sua mão — eu sinto muito pelo que fizeram com você...

J: eu não sou mais aquela mulher que você amava... — tira a coberta do rosto e olha pra mim — eles me deixaram suja e nojenta...

L: isso não é verdade, você ainda é a mulher da minha vida... — acaricio sua bochecha —

J: você ainda me ama mesmo depois de tudo que aconteceu?

L: com todo o meu coração — sorrio — nada nesse mundo vai me fazer te amar menos, minha Janjinha...

Selo nossos lábios em um selinho demorado.







Querem mais do Lula com a Janja?

adotada pela primeira dama ● Janja and youOnde histórias criam vida. Descubra agora