adotada pela primeira dama ● Janja and you

Capítulo 13

dias depois

Janja

voltamos de viagem mais cedo, pois hoje aconteceria um jantar em família para apresentar a S/n aos meus enteados, os filhos do meu marido. Faltavam poucas horas para eles chegarem e eu estou no quarto, arrumando o cabelo da minha menina.

S/n: e se eles não me aceitarem na família? ― fixa os olhos no espelho à nossa frente ―

J: aí você vai ser ainda mais parecida comigo ― ela olha pra mim e eu sorrio levemente ―

S/n: eles não te aceitaram quando você o papai se casaram?

J: nem todos, pequena... ― coloco uma mecha de seu cabelo atrás de sua orelha ―

S/n: mãe, eu não sou pequena! ― faz bico ―

J: pra mim é sim! ― aperto suas bochechas ― eu vou terminar de me arrumar, me espera lá na sala

S/n: tá bom

alguns minutos depois, chego na sala e nossos convidados haviam chegado. Lula cumprimentava-os enquanto seus olhares caíam sobre uma tímida S/n, que ao me ver entrar, correu e me abraçou.

J: calma, a mamãe chegou... ― faço um leve cafuné em seus cabelos castanhos ―

S/n: eles estão olhando pra mim...

Lur: pai, quem é a garota que tá com a Janja?

Lurian pergunta e todos se aproximam de nós.

L: pessoal, essa é a S/n, a nova irmã de vocês, este é o motivo pelo qual chamei todos para jantar conosco ― sorri ―

J: eu e o pai de vocês adotamos ela a pouco tempo ― olho pra menina agarrada a mim ― né, filha?

S/n: oi...

Lu: só pode ser coisa dessa mulherzinha, era só o que faltava... ― murmura ―

Fa: o que que cê disse, Luís Cláudio? ― cruza os braços ―

Lu: nada, Fábio! Nada!

L: vamos todos pra mesa, o jantar já vai ser servido!

nos sentamos à mesa, durante a refeição, Lurian puxava alguns assuntos comigo, Fábio fazia alguns piadas e Sandro e Marcos conversavam animados com S/n. O clima estava agradável, até Luís Cláudio começar a me atacar, como em todas as reuniões da família Lula.

Lu: S/n, espero que você consiga se encaixar, aqui sempre cabe mais um ― apoia os cotovelos na mesa ― exceto quando esse alguém trouxer apenas desgraças, mas esse não é o seu caso, assim espero. 

S/n: o que você quer dizer com isso? ― arqueia a sobrancelha ―

Lu: eu quero dizer que certas pessoas não se encaixam nessa família, e nunca vão se encaixar justamente por não agregarem em nada, trazendo apenas desastre pra todos nós

J: você não tem vergonha na cara não? ― levanto e bato as mãos na mesa ―

L: Janjinha...

Lu: a carapuça serviu foi? Quer brigar no meio da refeição? Sempre soube que você não está nos padrões dessa família...

S/n: será que dá pra você parar de agir como uma criança de 7 anos? ― levanta e bate as mãos na mesa ― essa sua implicância ridícula com a minha mãe só existe por que você não aceita que o seu pai pode amar outra mulher! Vê se cresce, rapaz!

Sa: falou tudo

Lur: mais alguém nessa família pensa como eu!

Fa: bom saber que temos mais alguém sensato aqui

L: CHEGA! ― aumenta o tom de voz e dá um soco na mesa ― Luís Cláudio, você não é mais uma criança, meu filho, tá na hora de agir como o homem que você é! Eu tolerei demais essa sua implicância com a Janjinha, mas já tá ficando feio! Você passou dos limites!

Lu: mas pai...

L: saia da minha casa! E só volte quando aprender a respeitar a minha esposa!