Capítulo 31

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Janja

A Melissa acordou, eu fui dar banho nela e arrumá-la para o piquenique, a Isa se empolgou e quis me ajudar, é claro que eu permiti. Depois de arrumarmos ela, deixei Isabela tomando conta dela enquanto fui me trocar. Como vamos ficar em casa mesmo, coloquei um vestido branco de alcinhas.

pego minha bebê nos braços e desço com minha filha mais velha, encontrando Lula na sala com uma cesta nas mãos

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pego minha bebê nos braços e desço com minha filha mais velha, encontrando Lula na sala com uma cesta nas mãos. Juntos, saímos de casa e fomos até uma grande árvore que fica no gramado. Arrumei as coisas do piquenique no chão e começamos a nos divertir. Meu marido ria brincando com a Melissa enquanto Isabela gargalhava e corria pelo gramado atrás de Paris e Resistência e eu apenas observava tudo, segurando um copo de suco de maracujá.

J: é maravilhoso, né, amor?

L: o que, Janjinha?

J: a maneira como nossa vida mudou, como nós conseguimos construir uma família mesmo depois de tudo que passamos.

L: eu gosto de acreditar que tudo isso foi possível por causa do amor

J: eu também penso assim ⎯  bebo um gole do suco ⎯  sabe de uma coisa, amor? Eu pensava que essa coisa de casar e ter filhos não era pra mim, meu ex marido só tinha feito eu ter mais certeza disso, mas aí você fez com que eu mudasse de ideia... 

L: eu sei bem que você só focava nos estudos ⎯  ri levemente ⎯  e que bom que eu te fiz ver que ter uma família é a melhor coisa do mundo

ele sela nossos lábios em um beijo calmo, que foi cortado pela risada gostosa de uma bebê que batia os pezinhos com rapidez.

J: acho que alguém não quer deixar o papai e a mamãe namorarem um pouco ⎯ rio levemente ⎯

L: vai ser difícil namorar agora, meu amor ⎯  sorri e me olha ⎯

O clima leve do nosso momento em família é interrompido pela chegada de uma mulher muito bem vestida, baixa e aparentemente um pouco mais velha do que eu. Ela se aproxima do meu marido e começa a passar a mão no peitoral dele, o que tá me deixando irritada.

⎯  quanto tempo, Lula... ⎯  o olha ⎯  atrapalho alguma coisa?

L: olha, Carla, infelizmente sim, atrapalha sim ⎯  tira a mão dela de seu peitoral ⎯  eu estou aproveitando um momento com a minha família

J: e pode ir tirando a mão do meu marido, por favor ⎯  digo e pego a Melissa no colo ⎯  posso saber quem é você?

C: desculpe, eu nem vi você, querida ⎯ me olha com deboche ⎯  eu sou Carla, irmã da Marisa, e você?

J: eu sou... ⎯  sou interrompida por minha filha mais velha ⎯

Isa: quem é essa, mamãe? ⎯  diz com Resistência no colo ⎯

J: é uma amiga do seu pai ⎯  forço um sorriso ⎯

C: essa menina é filha do Lula?

Isa: sou sim, por que?

J: filha, vai brincar com a Resistência, por favor, deixa os adultos conversarem

Isa: tá bom

Isa volta a correr pelo gramado atrás das cachorras e a tal Carla volta a passar a mão no meu marido. Eu juro que vou voar no pescoço dessa mulher.

C: onde estávamos? Há sim, nós temos tanto a conversar, Lula, não nos falamos desde a morte da minha irmã...

J: com licença, eu ainda estou aqui ⎯  puxo meu marido pra perto de mim ⎯ 

L: Carla, esta é Rosângela, minha esposa ⎯  beija minha bochecha ⎯  aquela menina ali correndo é nossa filha mais velha Isabela e a bebê é nossa caçulinha Melissa.

C: que família linda... ⎯  diz sarcástica e me olha de cima a baixo ⎯  essa mulherzinha te deu isso tudo?

J: tem algum problema comigo por acaso?

C: me perdoe a sinceridade querida, mas você faz muito o tipo de mulher que merecia estar casada com o Lula ⎯  volta o olhar para meu marido ⎯  seu gosto decaiu muito desde a minha irmã, Luís, decepcionante

L: suponho que não tenha vindo até aqui pra falar da minha esposa 

C: é verdade, mas o assunto que quero tratar com você tem que ser a sós...

L: o que tiver que falar, fale na presença da Janjinha

J: não tem problema, amor, eu já vou entrar ⎯ me levanto com Melissa no colo ⎯ Isabela! Vamos entrar!

(...)

Lula

depois de uma hora finalmente consegui me livrar da Carla. Entrei em casa e corri pro quarto, procurando a Janja. Abri a porta e a vi deitada na cama, encarando a parede. Me aproximei e ela se sentou, esfregando os olhos. Ao que pode reparar, ela havia chorado.

L: Janjinha, meu amor, vamos conversar

J: eu não tenho o que falar com você, Luís

L: não fica assim, amor...

J: eu acho que aquela mulher tem razão, eu não sou a mulher que você merece... — abaixa a cabeça —

Sento de frente pra ela e levo às mãos a suas bochechas, erguendo sua cabeça e fazendo seus olhos se encontrarem com os meus.

L: você é muito mais do que eu mereço, meu amor... — acaricio suas bochechas — você é a mulher mais incrível que já passou pela minha vida...

J: ah, amor...

L: eu não quero ver você chorando por achar que não merece, está bem? Não dê ouvidos pro que as outras dizem...

J: tá bom, amor...

L: eu te amo, minha cachinhos dourados... — a beijo —









adotada pela primeira dama ● Janja and youOnde histórias criam vida. Descubra agora