capítulo 8

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S/n

Enquanto meu pai conversava com o tio Xandão, eu fui pra casa com os seguranças, a tia Gleisi, tia Simone e tia Soraya. Apesar do nervosismo, consegui comer alguma coisa e fui assistir filme na sala de tv, sempre com o celular em mãos caso alguém ligue com notícias da minha mãe.

Si: você tá mais calma, S/n?

S/n: tô tentando, tia... — respiro fundo — só que essa demora por notícias tá me agoniando

G: se eu conheço a Janja, a essa altura é o sequestrador que deve estar sendo feito de refém — senta no sofá — ela é fofa mas é braba

So: eu ainda acho que é a vaca da micheque que tá com ela, ou pior, o imbecil do marido dela — caminha de um lado pro outro gesticulando com as mãos — eu avisei pra ele não cutucar onça com aquela vara curta!

Si: Soraya, senta! cê vai acabar furando o chão!

So: vai pro inferno, Tebet!

Si: me desrespeita de novo que pra pedir o divórcio é rapidinho!

G: se acalmem! Soso, senta aqui, bebe um chazinho — da uma xícara pra senadora —

So: me desculpem, eu tô muito nervosa — senta e bebe um gole do chá — essa tensão tá me matando

S/n: eu só espero que esteja tudo bem com a minha mãe...

(...)

Pov narrador

Impaciente, Janja andava pelo quarto procurando uma maneira de sair dali, estava cansada de ficar parada esperando ser resgatada. A loira limpou os óculos na camiseta, os colocou e começou a falar consigo mesma.

J: Rosângela, você precisar sair desse buraco, não dá pra bancar a princesa e ficar esperando o seu príncipe te resgatar — arrasta uma caixa de madeira até a janela —

A loira sobe na caixa e tenta subir na janela, mas cai de bunda no chão, começando a rir sozinha, ação que arranca uma pequena risada do rapaz que a vigiava. Ouvindo risada, ela o  olhou de canto.

J: que foi? Tá rindo por que eu caí? — se levanta e tira a poeira da calça jeans —

— você parece encantadora

J: obrigada! — sorri — você não vai contar pra ninguém que eu tava tentando sair daqui, né?

— fica tranquila, eu não sou idiota como eles, aliás, fui obrigado a estar aqui...

J: obrigado? Como assim?

— acontece que o meu pai é um extremista, aí você sabe como é... — tira as mãos dos bolsos —

J: eu sinto muito

— tá tudo bem, eu já tô acostumado — sorri levemente — meu nome é Pedro, prazer

J: prazer — aperta a mão dele — como já deve saber, meu nome é Rosângela, mas eu prefiro ser chamada de Janja

Pedro ajudou a loira a arrumar um cantinho para dormir, além de limpar os machucados dela.

Pe: sabe, você é uma pessoa tão legal, não merecia isso...

J: as pessoas que tem ódio no coração não gostam muito de pessoas como eu — sorri levemente —

adotada pela primeira dama ● Janja and youOnde histórias criam vida. Descubra agora