Capítulo 6

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Janja voltou pro atelier de restaurações, onde ficou até o meio dia. Aproveitando o horário de almoço, a primeira dama foi pra casa comer alguma coisa e ver como a filha estava. Ao adentrar a ala residencial do Palácio da Alvorada sorriu ao ver a menina conversando alegremente com o pai.

J: bom dia, meus amores! Como estão? ― dá um beijo na bochecha da filha e um selinho no marido —

S/n: eu tava com saudade

L: como estão as coisas lá na restauração?

J: depois a gente fala sobre isso, eu vou lá na cozinha ver o que que a Eva preparou pro almoço — adentra outro cômodo —

S/n: a mamãe tá estranha, cê não acha? — olha pro pai meio confusa —

L: acho sim, ela parece estar escondendo alguma coisa

Lula e S/n vão até a cozinha e se sentam à mesa junto com a loira, que se assusta com a presença deles.

J: o que vocês dois estão querendo comigo hein? — arqueia a sobrancelha —

S/n: nada não, mãe — ergue as mãos em rendição — a gente só quer saber por que você chegou do planalto toda estranha

J: n-não é nada demais...

L: meu amor, estamos em família, não precisa esconder nada da gente

J: a Michele apareceu lá e quis falar comigo

S/n: a Micheque?!

J: S/n! — repreende —

S/n: desculpa, força do hábito!

L: você falou com ela, Janjinha?

J: falei, meu amor. E como eu já esperava, ela fez várias ameaças e tentou me chantagear — limpa os óculos com um lencinho —

S/n: tipíco daquela gente — fala como se fosse óbvio — mas que tipo de ameaças ela fez?

J: ela falou que se eu entregasse o poder pro marido dela, as perseguições a nossa família e os ataques ao país iriam acabar... — suspira pesadamente e apoia os cotovelos na mesa —

S/n: calma, mãe...

L: Janjinha, não liga pro que aquela mulher falou, nós não podemos ceder as ameaças deles...

S/n: o papai tá certo — abraça a loira por trás — vai dar tudo certo, mãe...

J: com uma família como a nossa, sei que vamos superar qualquer coisa... — sorri levemente —

Depois de almoçar, a primeira dama voltou ao planalto.

(...)

Janja saiu mais cedo do planalto e resolveu passar na farmácia, estava voltando pro carro segurando uma sacola quando alguém a agarrou por trás, tapando seu nariz e boca com um paninho.

Janja

Acordei em um lugar estranho, bem pequeno e um pouco escuro. Ouço o barulho de uma porta abrindo e uma pessoa se aproxima de mim.

J: q-quem é você?

— calminha, primeira dama... — tira o capuz — ninguém aqui vai te machucar, pelo menos por enquanto...

J: vocês sabem que o Brasil inteiro já deve estar procurando por mim, né?

— nós não somos tão burros assim

J: eu não tenho medo de vocês! Me deixa sair!

Ele me agarrou pelos cabelos e me jogou no chão com toda a força.

adotada pela primeira dama ● Janja and youOnde histórias criam vida. Descubra agora