Todos estavam animados quando levantei. Felizmente não haveriam aulas hoje, pois eu dormi a tarde inteira e ninguém pareceu ter coragem de me acordar. O castelo fervia com conversas sobre a primeira tarefa do Torneio Tribruxo, e não consegui achar Harry em lugar algum. Meus colegas de Casa organizavam apostas e todos tinham teorias para compartilhar sobre qual seria o desafio. Nossas dúvidas foram respondidas quando chegamos ao local: Arquibancadas foram montadas em uma clareira na Floresta Proibida, lotadas com alunos das três escolas e seus professores em um palanque separado.
- Acho que serão dragões... - disse Zabini, que se acomodou ao meu lado junto dos nossos amigos. Não vi Draco.
- Me lembram da sua mãe, Blasio - Nott provocou, e levou uma cotovelada de Zabini - Brincadeira, eu adoraria ser seu próximo padrasto...
- Sinto muito, minha mãe não faz caridade.
- A Charlie faz... - disse Pansy, e eu ri pela primeira vez nos últimos dias.
Nott apenas revirou os olhos. Ele sabia que não passavam de brincadeiras - ele era bonito, e tinha plena consciência disso. A prova consistia em pegar um ovo dourado de um dragão, e todos conseguiram. (uns com mais facilidade que outros). Devo admitir que quando chegou a vez de Harry, fiquei tensa. Mas até mesmo meus colegas sonserinos pareceram torcer por Potter, que após momentos de suspense voltou com sua vassoura, vitorioso. Todos os alunos explodiram em comemorações, e o resto do dia seguiu de forma leve. Eu estava indo para minha Comunal após o jantar quando senti me puxarem para um corredor. Estava prestes a dar um soco quando vi rostos familiares.
- Calma cobrinha, somos nós - Fred e George me olhavam com seus sorrisos travessos.
- Ah, Weasleys. Como posso ajudá-los?
- Na verdade, nós que iremos ajudá-la hoje, minha cara senhorita Wal... Rosier. - Fred disse, e eu tentei ignorar sua confusão com meus sobrenomes.
Até eu estava confusa com minha identidade.
- Vamos fazer uma festa na nossa comunal, sabe, comemorar a vitória do Potter. Mas pensamos em convidar uma certa sonserina... - anunciou George, passando o braço ao redor dos meus ombros, e Fred fez o mesmo.
Lembrei do comentário promíscuo de Charlie sobre os gêmeos. Ela adoraria estar no meu lugar. Eca.
- Adorável, Weasleys, mas não sei como entraria lá. E eu não sei se estou no clima pra festas.
- Temos scones de cereja.
- Qual é o plano?
Eles realmente tinham um plano, e era bem simples.
Fred distraiu a Mulher Gorda (foi bem peculiar vê-lo flertando com um quadro, e eu implicaria com ele depois) e George me passou rapidamente, me escondendo com um pedaço de seu uniforme. E então eu estava dentro da Comunal da Grifinória. Era aconchegante, decorada com as cores da casa, sofás de tecido, tapetes e papéis de parede estampados. Parecia a casa da minha avó, e acho que era essa a proposta. Os alunos estavam eufóricos, e Potter estava bem no meio deles. Foi a primeira vez que o observei assim, sendo erguido e elogiado por seus colegas de Casa, que cantavam seu nome. Não pude evitar sorrir.Após um tempo, colocaram música e começaram a beber e comer lanches contrabandeados da cozinha. Finalmente comi meus scones. Quando as coisas se acalmaram, eles perceberam minha presença, e enquanto a maioria apenas cochichou, alguns grifinórios me encaravam fixamente. Uns até sorriram, provavelmente ainda eram gratos pela rinoplastia gratuita que fiz na Pansy mesmo que hoje em dia fôssemos mais amigáveis. Meus olhos encontraram Harry e ele sorriu ao me ver.
- Como chegou aqui? - ele perguntou após um breve abraço.
- Minhas fadas madrinhas: Fred e George - ele sorriu, reconhecendo a referência trouxa - De qualquer forma, não pretendo ficar muito tempo, só queria te dar parabéns e agradecer por não ter morrido.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Sonserina: Born to Die (Completa)
FanficLily Walton é uma órfã, adotada por um casal bilionário e sem pista nenhuma de quem realmente é. Ela não acreditava em magia. Assim como não acreditava em destino. Mas quando uma mulher misteriosa a leva para a uma escola de magia e bruxaria chamada...