Capítulo 1 -O acidente.

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Um dia lindo, céu azul! Nada nublado como a maioria dos messes na Inglaterra,quase sempre os dias são nublados e sem vida. As vezes o que me anima é uma ida na cafeteria com as amigos,nesses dias frio.

Mas hoje o dia estava diferente,um sol escaldante que iluminava os pontos mas escuros da cidade.

Um dia perfeito para surfa ou até escalar. Eu amo aventura,tudo que envolva perigo. Pra mim não é um perigo,mas para pessoas sedentárias escalar uma montanha enorme seria a mesma coisa que pedi a morte.

Tive uma bigra de manhã cedo com minha noiva,ela é muito caprichosa,quer tudo do jeito dela. Pra descontar a raiva que eu estou decidi andar de moto na maior velocidade possível.

Estava em uma velocidade absurda,quando me dou conta do estrago já estava caído no chão. Várias pessoas ao meu redor me olhando enquanto estava caído. A última imagem que lembro ter visto,foi o motorista do carro com as mãos na cabeça desesperado. Minha vista vai escurecendo até não me dá conta de mais nada.....

                               ...


Abro os olhos aos poucos sentindo minha cabeça com mil pensamentos,uma dor na cabeça como se fosse ficar louco.logo olho para meus braços que estavam cheios de agulhas me furando.

-Jonh,o que aconteceu?me ligaram falando que você sofreu um acidente. -entra falando baixo.

-to sentindo uma dor enorme na cabeça. -passo a mão na testa,fazendo careta. -o que estou fazendo no hospital? -logo vem um curta lembrança em minha mente,ei sofri um acidente!

-não faça movimento brusco. O doutor ainda vai chegar. -a mesma tenta me conter,enquanto me mexo desesperado.

Ela é minha mãe,Entendo que  esteja preocupada,mas ela é muito protetora, não suporto isso. Ele sempre defende minha namorada,eu sempre sou o errado.

Começo a lembrar do acidente,mas as imagens que vem em minha mente são flashback curtos.

-mãe porque não consigo mexer minhas pernas? - falo enquanto tento mexer a todo custo,mas sem chance! -mãe porque não consigo mexer minha penas. - repito gritando.

-não se agite... O médico vai vim lhe atender em breve. -fala tentando me acalmar.

-que porra é essa? Porque não consigo mexer minhas pernas? - dou um murro na banca ao lado da maca,chorando intensamente.

-calma! Já falei pra ficar calmo.

-quem que ficaria calmo estando nessa situação!Ellen não vai querer casar na igreja comigo. Ela não vai mas me amar estando nesse estado.

Ellen é minha noiva,mesmo ela tendo seus defeitos eu amo muito ela. Conheci ela na praia,ela era amiga da namorada de um colega meu. Sua beleza me encantou de primeira,mas se não fosse os esforços de Ellen por mim,talvez não estivéssemos juntos. Dês que ela me conheceu,ela vivia no meu pé,parecia até um chiclete quando gruda em um sapato,que quando andamos o sapato não quer sair do chão,porque aquela gosma fica grudando.ela era e é assim até hoje.

-talvez não seja uma coisa séria,vamos esperar o médico,conhecendo minha nora como eu conheço,ela não se importaria. Vocês já casaram no civil, não precisa necessariamente casar na igreja. -fala se sentando ao meu lado,em uma poltrona de acompanhante.

É,vamos esperar,espero que não seja algo sério. - falo.

O médico entra na sala.-preciso falar com você senhora. -fala o mesmo.

-ainda bem que você chegou médico,estava tentando acalmar ele. não foi nada grave né? -fala minha mãe se levantando.

-eu ia falar só com a senhora,mas é preciso ele saber pra fazer a fisioterapia. -o acidente de moto foi muito grave,atingiu abaixo da sexta vértebra cervical (C6) com isso ele ficou paraplégico,esse é o motivo dele não conseguir mexer suas pernas. ele chegou bem debilitado,mas com a fisioterapia ele pode voltar a andar, é só ter esperanças você é muito novo ainda.

-Não pode ser verdade isso,eu quero ir pra minha casa,isso só pode ser mentira. -falo enquanto tento levantar,mas sem sucesso!

-não fique preocupado,com as sessões de fisioterapia você se sentirá melhor,sei que é difícil,mas não é impossível. -agora preciso falar um pouco com sua mãe,o enfermeiro cuidará de você nesse instante.

-isso é uma droga,uma droga!
-antes me responda quem me trouxe pra cá? -pergunto.

-uma menina ligou,falou que você precisava de ajuda.

-Ele faz um sinal,chamando minha mãe pra fora da sala. -minha mãe sai da sala,mas não consigo acreditar que é verdade.
                          
                                   ...

-pode falar doutor.

-então... ele precisa fazer sessões com a psicóloga toda semana,como é algo difícil pra ele afetará sua mente,por ser algo que ele não consegue aceitar ainda.ele terá que deixar de trabalhar já que não tem mas a possibilidade de andar,ele vai precisar que alguém cuide dele o dia inteiro,pra dar seus remédios que não são poucos. - o mesmo da as receitas dos remédios necessários. -esses são os remédios.

-ele vai ficar mas abalado quando ele souber que não vai poder trabalhar,ele já tem o gênio difícil,quando ele souber não vai querer aceitar. vou falar com minha nora pra ela cuidar da empresa em nova York,obrigada doutor.

-por nada, qualquer coisa ligue pra o meu número. -fala dando o seus cartão.
                
                                 ...

-Que bom que você chegou sogrinha,ele está meio alterado.- o silêncio toma conta do quarto.

-enquanto você estava falando com o doutor, expliquei pra ele que podemos casar daqui um ano,quando ele estiver melhor com a fisioterapia. -fala olhando comovida pra ele.

-Eu não vou fazer fisioterapia eu já falei pra você Ellen. -falo resmungando.

-amor você não tem que ter vergonha,isso vai lhe ajudar.pode deixar que eu cuido das empresas com sua mãe, você tem que descansar.

-eu já falei que não vou fazer fisioterapia. -falo gritando. -eu vou ficar sozinho?

-não,vou mandar o Rogério seu vice contratar uma cuidadora pra você.

-piorou,meu vice da imprensa saber que um homem como eu,vai viver eternamente em uma cadeira de rodas.

-amor isso não é vergonhoso,essas coisas acontecem. -fala concedendo amor em seu toque.

-eu não preciso de pena, você fala como se fosse algo normal. "Ah acordei paraplégico que legal,isso acontece"! -falo tirando sua mão do meu rosto.

-ok? vou pra casa, você me trata mal tento lhe ajudar e é assim que você me agradece, agradece debochando de mim. -sai do quarto resmungando.

-mãe,mande o motorista vim me buscar!

-filho acho que você não está de alta.

-apenas me obedeça,pouco me importa se não estou de alta. antes de ir aproveite e compre uma cadeira de rodas motorizada pra mim,se não posso andar de carro pelo menos eu tenha uma cadeira de rodas legal. -falo debochado.

Não revisado!
Cometem bastante,porque quanto mas comentários e curtidas,mas a história ganhará visibilidade.🙃
Então curtam e cometem❤️

Querido John.Onde histórias criam vida. Descubra agora