Dia Seguinte:
Hoje é o dia de ir para Nova York, finalmente, de férias do meu marido. Saio em direção à cozinha. Na vida, é necessário mudanças, e essa é a minha primeira mudança após o acidente. Preciso resolver as coisas na empresa.
-Bom dia Ellen! -diz a empregada ao entrar no quarto.
-Hoje é um ótimo dia, Amélia! - respondo, disfarçando. -Ótimo dia porque vou cuidar da empresa do meu marido, sabe?
-Que bom senhora. -responde Amélia com estranheza perceptível em seu olhar.
Amélia é uma empregada antiga da casa, trabalha aqui desde a morte do pai de John.
-Onde está Maria, mãe do meu marido? -questiono.
-Ela está falando com John, ela falou mais cedo que vocês iam tomar café juntos. Já fiz o seu café, senhora.
-Aah, bom, chame eles. Tenho que me apressar, já são 05:30. -reclamo do atraso.
-Vou chamar, senhora. -a mesma responde, abaixando a cabeça.
...Depois de uns dez minutos, Maria aparece com John.
John se aproxima com a cadeira de rodas motorizada, mas Maria vem logo atrás, como se ele não precisasse de ajuda.
-Você é bem teimoso, John. Por que não deixa sua mãe empurrar a cadeira? -pergunto enquanto ele se encaixa na mesa.
-Porque a cadeira é motorizada, não tem necessidade dela fazer esforços. - responde.
Me sento, e ele não me olha nos olhos. Ontem à noite dormimos em quartos separados, já que ele não quis minha companhia.
-Você só quer ser independente, John. Você tem que entender que isso é uma doença. -digo, irritada.
-Eu sempre fui independente, um acidente não vai me mudar quem sou. Você parece bem alegre com o meu acidente. - ele responde furuiso,o mesmo bate na mesa com um soco e se retira.
O ódio que estou sentindo é anormal. Nunca pensei que ele falaria isso de mim.
...Vou até o quarto, enquanto minha mãe vem correndo atrás de mim,parece até que sou um bebezinho.
-Filho, não precisa ficar assim! Ela só quis dizer que você precisa de ajuda.
-Você nem parece minha mãe, vira mãe dela! -Bato a porta do quarto e me tranco. Talvez fui muito arrogante com minha mãe, mas ela está impossível esses dias. Ela só defende Ellen,Ellen pra cá e Ellen pra lá. Estou de saco cheio, mas eu a amo tanto "Ellen" que não consigo me separar. Talvez isso só seja um momento ruim no nosso relacionamento por causa do acidente.
Fico martelando na minha mente o que falei com Ellen na mesa,na hora da raiva sempre saiu do controle.
Acho que ela já deve até ter saído, já são 07:00 horas, não me despedi... Me sinto um pouco triste por isso. Mas ela precisava ir para Nova York.
Enquanto isso, observo um quadro com fotos nossas em paris,ela é o amor da minha vida.Meu leve pensamento é interrompido por batidas na porta.
-Posso entrar? -a voz suave da minha mãe percorre entre o corredor e o quarto.
-Pode!
Ao entra no quarto,vejo as lágrimas da minha mãe percorrer por seu rosto.
-Não precisa chorar, mãe. Eu te amo. Vê-la chorando correio o meu peito rapidamente. -Sinto também muita saudade de surfar, você sabe que surfar é tudo o que eu mais gosto, e depois disso, eu não posso fazer nada. Agora, nessa maldita cadeira, eu apenas existo.
-Filho, aceite a fisioterapia. -a mesma fala com o tom de quem tenta convencer.
-Não toque mais nesse assunto. Já falei que não quero nem cuidadora e nem fisioterapia. -o silêncio mútuo toma conta do quarto.
Não revisado!
Cometem bastante,porque quanto mas comentários e curtidas,mas a história ganhará visibilidade.🙃
Então curtam e cometem❤️
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Querido John.
RomanceJohn amava surfar com seus amigos. até que em uma noite sofre um horrendo acidente que o torna paraplégico,depois do acidente ele se torna frio e insuportável de se conviver. Agora sem poder cuidar da sua empresa em Nova York sua noiva irá cuidar,el...