capítulo um

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"estava sendo tedioso as férias com meus pais, e isso significava algo bom, porém mãozinha estava sentindo muita falta de Enid, e não me deixava em paz, e isso também era bom, mas logo me deparei com o portão de Nunca mais..."

chegamos Wandinha! — meu pai falou abaixando o vidro do nosso carro.

— ótimo — sai do mesmo.

Respirei fundo sentido o cheiro bom da morte e tortura dessa lugar deserto, e logo escuto um grito vindo de longe.

— Wandinhaaa!!! — e lá veio Enid correndo em minha direção com os braços abertos.

— Enid... — disse sem empolgação, segurando um sorriso externo.

Ela tentou me abraçar.

— ah...achei que ia me deixar te abraçar — falou em uma fio de voz doce e suave, eca.

— achou errado — olhei para ela debaixo em cima.

— eu estava com saudades, de vc e do mãozinha! — falou empolgada.

— ele também sentiu sua falta durante as férias!

— e cadê ele? — observou.

Mãozinha saiu de dentro do carro, e Enid o pegou.

— senti sua falta.

— também senti a sua, e Wandinha também! — conversou em libras.

— mãozinha! — falei pondo medo.

Enid me olhou e abriu um sorriso.

— já arrumei nosso quarto, cheguei mais cedo, e tava cheio de pó! — me ajudou com as malas.

Pus as malas em cima do degrau, e me despedi de meu pai, o feioso e minha mãe, e entrei com Enid.

Chegamos em nosso quarto.

— não mudei nada, só limpei, e tinha muito pó, tipo, muito mesmo — colocou minhas coisas em cima de minha cama.

— obrigada — agradeci — que horas vc chegou?

— ahm, de manhã, não lembro a hora exata, mas fui uma das primeiras.

— que pressa de voltar a escola.

— e vc não estava?

— depende...

Enid se sentou em sua cama, e ficou em silêncio.

— eu não te contei... — me olhou.

Ergui uma sobrancelha e cruzei os braços.

— o que exatamente?

— entrou uma nova diretora, e novos alunos, vieram de longe, como vc.

— e quem é essa nova diretora?

— não faço idéia, mas falaram muito bem dela, disseram que é uma ótima profissional, mas não como pessoa.

— espero que não nos traga problemas, gostava da antiga — tirei umas coisas de minha mala, e peguei uma caixinha preta.

— e tem outra coisa... — falou meio entristecida.

— o que? — segurei a caixinha atrás de minhas costas.

— eu não tô falando mais com o Ajax, e o clima ficou estranho quando o vi hoje mais cedo.

— pq? Brigaram? — me aproximei.

Ela engoliu saliva e me olhou.

— fiquei confusa e preferi acabar com tudo que nós tínhamos e nem era muita coisa mesmo... — abaixou a cabeça.

Depois das férias - wenclair +18 CONCLUÍDO ✔️Onde histórias criam vida. Descubra agora