Depois das férias - wenclair +18 CONCLUÍDO ✔️

capítulo vinte e cinco

Fiquei parada na porta. Será que eu vou, ou não vou?

Suspirei e fiquei esperando um sinal, não sei que tipo, mas estava esperando.

— merda! — escutei ela reclamando no banheiro.

Abri a porta.

Nos olhamos.

— eu sabia! — apontou o dedo — vc não ia resistir, né Wandinha?

— eu? Eu só ouvi vc resmungando.

— só ouviu pq estava beijando a porta do banheiro.

— não, estava passando em frente.

— isso prova que msm estando em locais diferentes vc está sempre no meu faro.

— nada haver, eu só achei que vc precisava de algo.

— pior que preciso, e urgente.

— do que?

— tu, aqui, na minha frente, com a mão na minha cintura, e me perguntando qual é o plural de decimal! — cruzou os braços.

Fiquei parada.

— Wandinha! — estralou os dedos.

Pisquei rápido e fui até ela.

— cuidado com a minha roupa, é nova.

— F-O-D-A–S-E! — me puxou pela camisa.

E me enfiou debaixo d'água com ela. Fechei os olhos e a água abaixou meu cabelo, molhou toda minha roupa, e escorreu pelo meu rosto, uma cena de filme, realmente...

— vai fazer o que eu disse? Ou quer que eu faça em vc? — sorriu — lembre-se, que eu tenho garras, que não me obedecem.

— não, eu faço — te puxei pela cintura.

Enid me pedia cada coisa, que me deixavam constrangida, e querendo ao msm tempo, na verdade ela só pedia coisas, que eu já queria fazer, é satisfatório ouvir ela pedindo.

A água molhava meu cílios e eu piscava rápido.

— Wandinha vc é linda seca, mas molhada vc fica uma grande GOSTOSA! — disse segurando meu rosto e apertando.

— sua sorte que eu estou debaixo d'água.

— pq?

— pq oq vc disse eu pude entender de duas formas — sorri envergonhada.

— então mente pra mim e diz que não tá das "duas" formas — olhou nos meus grandes olhos negros.

Engoli saliva.

— vc pode não estar Wandinha, mas essa sua mão gelada na minha cintura, me deixou, e nem e zuação! — sorriu.

Eu fiquei transparente de tanta vergonha, aí CARAAAA!

— ficou sem fala? O gato comeu sua língua?

— não, mãozinha sumiu com meu gato, a uns anos atrás.

— falando nisso, ele deve estar escutando tudo lá do quarto.

— mãozinha não me bisbilhotaria.

— vc que acha, ele ama uma fofoca, e ficar por dentro de tudo.

— mãozinha deve estar ocupado, fazendo os unhas.

— e a sua?

— minha oq?

— suas mãos, estão ocupadas? — sorriu maliciosamente.

GURIAAAAAAAAAAA.

EU TO FICANDO LOUCAAAAA.

— não — respondi calmamente.

— pq não deixa uma delas ocupada?— alisou meu pescoço.

Te encarei, não disse nada.
Ela ficou olhando pra minha boca, beijou meu pescoço lentamente, dando umas respirações ofegantes perto de meu ouvido.

— Enid... — disse quase sem fala de tanto TESÃO.

Senti ela sorrindo, aquilo foi me deixando mole, sua mão dentrou pela minha camisa, e subiu até meu sutiã.

— se vamos fazer alguma coisa fala logo, esse negócio de ficar me deixando excitada não vai dar em nada.

— acho que deu em alguma coisa.

— não, não deu.

— deu Wandinha, vc tomou iniciativa de falar que vamos fazer algo a mais aqui dentro.

— eu disse pra vc, pra vc me responder cê vamos ou não, pra parar por aqui.

— vc quer?

Te olhei.

Falou bem baixinho no meu ouvido.

— vc quer que aconteça algo a mais Wednesday Addams? — mordeu meus lábios devagarinho.

Socorrooooo.
Socorrooooo.
Socorrooooo.

Eu não mereço uma provocação dessa, eu era uma mocinha, eu era tão ingênua (nunca fui). Aí chega uma besta quadrada dessa, que me deixou boiolinha, com ciúmes, com saudades, sentindo atração física, mental, sentimental, sexual...

Alguém me tira DAQUIII......

— fala... — pôs a mão em minha nuca.

Te olhei de baixo em cima.

— fala vc Enid, vc quer?

— querer eu até quero, mas vc já fez isso alguma vez na vida Wandinha? Pq até ontem, eu era literalmente uma criança.

— vc não quer esperar? — falei suavemente.

Ela me empurrou na parede e colou seu rosto ao meu, olhando no fundo de meus olhos.

— não quero esperar, as coisas estão saindo do controle e eu não aguento mais essa merda, vc me deixa louca Wandinha, eu prefiro esquecer tudo que ja aconteceu e fingir que acabei de te conhecer, do que esperar, esperar...que droga! — se afastou de mim.

Ela ficou brava, emburrada, com as mãos no cabelo.
Q'que eu fiz? Eu só perguntei se ela não queria esperar, já que nenhuma, fez sexo com outras meninas, ainda mais na hora do banho, é novo pra nós duas...

Engoli saliva e respirei fundo, passei a mão no rosto e puxei Enid pela cintura. Agora vai.