capítulo quinze

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Fiquei parada por um bom tempo, apreciando as estrelas, umas mais grandes, outras tão pequenas que quase não conseguia vê-las, são extremamente, perfeitas, algo curioso.

Senti Enid aproximar sua mão da minha, pegou, acariciou, e virou a cabeça para o lado, me olhando. Finge naturalidade e continuei observando as estrelas.

Ela foi chegando mais perto de mim, me levantei ficando de joelhos.

— que foi? — ela ficou de joelhos e se aproximou.

— eu vi algo estranho no céu.

— que tipo?

— uma luz, claridade vermelha.

— cometa... — chegou bem mais perto — asteroide...

Engoli saliva, e me mantive intacta.
Fugi meu olhar dela.

— pq fez isso?

— fiz o que? — te olhei novamente.

— desviando seu olhar de mim.

— e da pra perceber é?

— não é pq a luz está desligada, que eu não vou ver suas reações Wandinha — pôs a mão na minha cintura.

EITA CARAIIII.

— está prestando atenção em mim.

— sempre prestei, vc que é lerda e nunca percebeu.

— vc está virando a Wandinha.

— e vc a Enid — sorriu — antiga Enid.

Sorri para quebrar o gelo. Meu Deus. WANDINHA ADDAMS NÃO SORRI. Só quando se trata de Enid Sinclair, ou do titio, feioso...ah!

Olhei pro teto de vidro.

Ela beijou meu pescoço. Aahhh!!!

— Enid! — falei sem pensar.

Abaixei a cabeça lentamente, e o medo de abaixar de uma vez e dar uma queixada na testa dela KKKKK.

— pode falar Wandinha — sorriu mordendo o lábio de baixo.

Que menina...

Respirei fundo. Tomarei atitude? Não. Ou sim. Talvez! Ah...sim...sim...

Te puxei pela cintura.

Digamos que eu errei na tonalidade da minha saia, é que na pressa eu confundi, é um bordô, ou vinho escuro, não sei, isso não importa mais, não é? É quase preto mesmo

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Digamos que eu errei na tonalidade da minha saia, é que na pressa eu confundi, é um bordô, ou vinho escuro, não sei, isso não importa mais, não é? É quase preto mesmo.

Ela se jogou pra cima de mim. Quase que caímos no chão, não ia doer, estávamos de joelhos. Eu abracei sua cintura, ela rodou os braços em meu pescoço. Ficamos cara a cara, respiração curta, lenta, olhos vidrados uma na outra, brilhando, passando a imagem do semblante de cada uma. Boca seca, a testa suando.

Beijei Enid. É, eu beijei ela, poxa eu não ia deixar ela fugir, ou dar uma desculpa, de "ah não é a hora certa", foda-se, agora é.

Te beijei intensamente, sentindo o gosto do seu beijo, cereja, nunca fui fã, agora sou, sua mão fria, tocando.eu rosto, me deixou arrepiada. E do nada senti sua língua, dançar com a minha, uma valsa, lenta seguindo a letra da música. Mordeu minha boca levemente, e segurou na gola da minha blusa, me puxando para cima de si.

Caímos com cuidado nos colchões, cobertos por um tapete peludo, pode ter certeza que foi ideia da Enid. Fui por cima dela, com as pernas dela trançadas em minha cintura. Mas antes de ficar algo mais sério, eu parei, te olhei, e respirei fundo.

— é melhor a gente parar! — ela disse com sua voz ofegante.

Aí ki diliuça!!

— concordo.

Me sentei e parecia que eu estava pegando fogo. Real, eu estava.

Ela sentou, me olhou, sorriu e passou a mão no rosto, arrastando para o cabelo.

— poxa Wandinha, achei que eu era quem ia ter que tomar atitude.

— se dependesse de vc, nunca iria rolar esse beijo, não é?

— poisé — sorriu.

Se deitou, olhando pro teto, pôs o dedo na boca, mordeu, e olhou pra mim, ficou de lado, com o braço debaixo de cabeça.

— vamos com calma.

— eu não disse nada — disse com um duplo sentido em seu tom de voz.

— ótimo.

Deitei um pouco afastada, e Enid simplesmente deitou sobre mim.

Depois das férias - wenclair +18 CONCLUÍDO ✔️Onde histórias criam vida. Descubra agora