Descuidos - Steloisa

Cap. 7

Esse capítulo tem um pouco de ação.
O próximo será melhor
Obrigada por comentarem e votarem.

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Pov Stenio

Eu estava em completo pânico, não conseguia assimilar o que eu vi.

O vídeo era a Helô sendo atingida, alguém estava atirando contra ela.

A Helô tinha ido embora e me deixado, e o pior de tudo era que eu tinha sido o culpado por tudo, como fui estúpido em deixar ela sozinha.

Fui um completo idiota por não lhe contar sobre o inquérito, depois eu fui um completo babaca por não pedir desculpas de joelhos e fazer ela me aceitar de volta ao menos pra protejê-la.

Eu havia me envolvido com clientes perigosos, infelizmente é o meu trabalho.

Isso me custou a vida dela, me fez perder a minha mulher, meu amor.

Liguei para a delegada Verônica, encaminhei o vídeo para ela, disse que tinham deixado na minha porta.

- Alô? Verônica?

- Stenio? Tá tudo bem?

- N-não tá Verônica, eles mataram ela. E-ela s-se f-foi.

- Como assim Stenio, não tô entendendo?

- E-eu vou te encaminhar o vídeo.

Depois de desligar aquela ligação eu fiquei imóvel por alguns minutos tentando processar a informação, tentando digerir aquela situação.

Estava muito confuso, foi então que peguei o carro e comecei a dirigir sem rumo certo.

A minha vida sem a presença da Helô não fazia nenhum sentido. Logo agora que estávamos nos aproximando, mesmo com ela brigando comigo, eu preferia ela brigando comigo do que me evitando.

Agora ela já não estava mais lá pra eu irritá-la, pra gente brigar e depois resolver tudo na cama.

Eu não tive tempo de me desculpar, de me explicar e recuperar o nosso casamento.

De repente percebi que estava dirigindo a caminho de Búzios, inconscientemente acho que fui me deixando levar para um caminho que me trazia lembranças boas com a Helô.

Depois de algumas horas cheguei na praia dos Amores em Buzios, lugar em que eu e Helô frequentávamos muito desde quando namoravamos, éramos tão jovens.

Uma praia onde fomos muito felizes, por várias vezes a gente escapava da rotina da faculdade e passava o final de semana naquela praia.

Lugar onde por vezes nos amamos, nos entregavam um ao outro como se não houvesse mais nada no mundo. Aquele lugar era especial.

Desço do carro retirando os sapatos colocando os pés na areia da praia e seguindo em direção ao mar, era o começo da manhã, a praia, que já era pouco frequentada, estava deserta.

Então eu me permiti chorar, não consegui controlar as lágrimas que escorriam, a dor era imensa, eu estava sozinho na nossa praia.

Fiquei horas relembrando dos nossos momentos, a gente ainda tinha tanto pra viver junto.

Escuto o telefone tocar me trazendo de volta para a realidade, era a Verônica.

-Alô, Stenio? Onde você tá?

- E-eu estou na pr-praia.

- Stenio precisamos de você aqui.

- Eu não quero pensar nos detalhes do funeral agora, preciso avisar a Drika e o Lorenzo, não estou pronto pra avisar ela agora - respiro fundo e falo tentando me controlar.