Cap. 23

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Pov Stênio

Eu não consegui segurar mais aquela mentira, eu amo tanto a Helô, era engraçado como ela achava que era minha amante, como se a Heloisa aceitaria tal coisa, ser a amante, outra.

Ela presava tanto pela coisa certa, pois infelizmente eu tinha feito ela sofrer com uma traição, talvez esse fosse o meu maior erro, se não houvesse aquele meu maldito ato eu e Helô nunca tínhamos nos separado, porém não era o momento de pensar em tantos "e se".

Helô nao aceitaria ser a outra mulher de nenhum homem, no entanto eu penso que comigo ela talvez até aceitaria, nossa vontade um do outro, nossa química era tanta, não conseguíamos ficar muito tempo sem nos amar.

Eu senti ela tão frágil em meus braços, tudo o que eu queria era permanecer assim por algumas horas, eu disse que a amo, eu a encarei não para forcá-la a me dizer que também me amava, pois eu já sabia, eu só queria que ela soubesse o quanto eu a amo e quanto eu queria que ela se lembrasse de tudo.

Ela então se afasta e disse que precisava ficar sozinha, eu não queria deixar ela ir, eu precisava dela, porém, Helô tinha recebido muita informação, talvez fosse bom dar ela esse espaço.

Mandei uma mensagem pra ela, fiquei preocupado, pra onde ela iria, pedi pra que avisasse quando tivesse melhor, quando quisesse conversar comigo.

Ela visualizou, mas não respondeu e assim passou a tarde inteira até tarde da noite, eu já liguei pelo menos umas trinta vezes para o seu celular, estava quase ligando pra Yone quando finalmente Helô atende o celular.

- Alô.

- Helô?? Você tá bem??

- Tô, mas eu preciso de você.

- Me fala onde você tá.

- Abre a porta.

- O que??!

- Abre a porta, estou aqui fora, eu não tenho as chaves.

Eu ando até a porta de entrada e abro dando de cara com ela.

- A Creuza me passou o endereço, eu não lembrava onde você morava.

- Onde nós moramos, está é sua casa também, você escolheu comigo cada detalhe.

- É linda.

- Vem... - eu levo ela em cada canto da nossa casa, o quarto de hóspedes recém desocupado pelo nosso neto, o quanto ele adorou passar esse tempo todo conosco, depois fomos para a sala o de ficamos sentamos no sofá conversando sobre nosso neto, ela basicamente só me ouvia estava compenetrada em cada detalhe que eu contava, no quão bem estávamos. O quanto Lorenzo sentia suaa falta, o quanto a Drika era grata por tudo.

- Eu sinto tanto não lembrar disso.

- Você vai lembrar.

- E se...

- Chhhh - eu coloquei meu dedo em seus lábios - Não fala isso, eu vou estar aqui, eu tô aqui pra você.

- Obrigada, mas eu ainda estou brava.

- Por quê?

- O inquérito, você levou um inquérito da delegacia, mentiu pra mim sobre tudo...

- Me desculpa Helô.

- São tantas coisas, mas teve uma que eu fiquei pensando, eu vi você no escritório hoje, você não estava em uma audiência criminal.

- Helô, depois a gente se casou eu quis fazer tudo certo, eu não queria mais discussões sobre inquéritos, presos, crimes, por mais que nossa relação fosse incrível e nossas discussões acaloradas sobre nosso trabalho, eu não queria que isso fosse um motivo de divórcio, eu não iria suportar outro divórcio, então eu decidi ficar com a maior parte dos processos cíveis do escritório.

Descuidos - SteloisaOnde histórias criam vida. Descubra agora