Droga!

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Laura

Chegamos no restaurante e eu imediatamente fiquei sem graça. Aquele lugar era maravilhoso, e eu não tinha certeza se estava bem vestida o suficiente para aquilo tudo.

- Matteo. Por que viemos aqui? Por que você não disse pra eu me arrumar direito? - disse irritada dentro do carro, alisando o meu vestido. Eu estava com fome. A consulta tinha demorado muito e eu estava nervosa por comer com a mãe de Matteo em um restaurante chique como aquele.

- Viemos aqui porque minha mãe gosta da comida aqui. Acho que você vai gostar também. Peraí, como assim se arrumar direito? Você já está arrumada. - Matteo falou olhando pra mim como se eu fosse maluca.

- Não pra vir aqui. - falei olhando feio em sua direção. Claro que ele não entenderia. Eles nunca entendem.

- Não viaja. Você está linda, não se preocupa com isso não. Viemos comer, e não desfilar, ok? - Matteo disse e saiu do carro, vindo até o meu lado e abrindo a porta pra mim. - Mesmo que você pudesse desfilar com esse vestido. - ele falou me ajudando a sair do carro e me guiando até o restaurante. Tinha sua mão na base da minha cintura, e eu fiquei sem graça com aquele último elogio.

O lugar era amplo, e o teto era de vigas de madeira. Vinhas e videiras passavam pelas vigas, e tudo era complementado por luzes de fada amarelada, dando um toque aconchegante. Na parede maior, várias e várias prateleiras preenchidas com vinhos. Matteo comentou enquanto nos levavam até a nossa mesa que eles faziam o próprio vinho, e que era um dos melhores da Itália. Eu fiquei animada, logo depois lembrando que não poderia aproveitar nem mesmo uma gota daquele vinho divino.

- Você vai ter que me trazer aqui depois que essa criança sair de mim, não vou aguentar se não tomar o vinho daqui. - disse enquanto olhava a decoração.

- Pode deixar, trago você sim. - Matteo riu e me prometeu que voltaríamos. Nós vimos a mãe de Matteo sentada na mesa e ela deu um tchauzinho para nós enquanto bebia seu vinho em uma taça escandalosamente linda. Quando nos aproximamos, ela sorriu e se levantou, abraçando Matteo e a mim.

- Como vocês estão? E como está meu netinho? - Ela já foi perguntando tudo de uma vez enquanto nós sentávamos.

- Estamos todos bem, mamãe, saudáveis como um cavalo de corrida. - Matteo disse orgulhoso. Eu sorri e peguei o cardápio que estava ali na mesa. Dei uma olhada rápida nos preços e fiquei um pouco chocada. Resolvi não abrir minha boca para comentar sobre aquilo. Eles não ligavam para o preço, é claro. Pela minha experiência com Matteo, ver o preço de alguma coisa nunca era interessante, muito menos necessário.

Eu escolhi uma salada de entrada e um ravioli recheado de lagostim. Ao menos era o que eu tinha entendido que era. Pedi um suco de abacaxi com hortelã e nós conversamos. Matteo disse que Marco já tinha chegado, e que ele acompanharia a mãe dele e eu para a escolha das flores, e depois iria me levar para casa. Eu não estava pensando muito nisso. Estava com preguiça de ir ver as flores. Sabia que era necessário e que o casamento estava chegando, mas não gostava de escolher aquelas coisas. Argh, não podia simplesmente me casar e pronto?

Infelizmente a resposta era não e depois de comer o ravióli mais maravilhoso de todo o mundo, e um cannolli divino, me despedi de Matteo com um selinho e fui com Giulia atrás das benditas flores do casamento.

Andamos em uma rua que tinham umas trezentas floriculturas. Umas mais chiques, outras mais rústicas. Cada um tinha uma pegada diferente, de arranjo e decorações, mas a qualidade das flores eram impecáveis sempre.

Eu escolhi uma floricultura pequena, que tinha as flores mais cheirosas. O perfume delas era espetacular, e eu entrei animada. Giulia ficou animada com o meu entusiasmo, e além de escolhermos as flores da decoração, escolhi também as do meu buquê.

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