Por favor, não chora (+18)

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Matteo

Merda. Eu tinha passado dos limites de novo com ela. Uma parte de mim estava se sentindo mal por aquilo, mas a outra parte estava mal porque tínhamos parado. É claro que eu estava precisando transar, mas não queria ficar com qualquer mulher na rua.

Cazzo!

Meu corpo estava desejando Laura. Da mesma forma como na festa, quando ela esticou seu pé naquele salto alto e passou ele pela minha coxa. Pelo olhar dela ali, sabia que nós íamos transar. O olhar que ela tinha naquele momento na cozinha.

Quando eu a puxei para o meu colo, senti ela rebolando no meu pau. Que delícia. Eu tinha ficado tão duro, tão rápido. Merda, eu parecia a porra de um adolescente que nunca tinha trepado antes. Fiquei estático ali quando ela correu para o seu quarto. Quando retomei a minha consciência, fui até sua porta.

— Laura. Me desculpa. Por favor, abre a porta. Nós precisamos conversar. — disse depois de bater na porta e nada. Eu abaixei e me sentei ali no chão em frente à porta. — Eu sinto muito, olhos castanhos. Não quis te fazer sentir mal, ou culpada, ou sei lá o que você está sentindo. — Cazzo, não comecei bem.

Ela não respondia nada, o que estava começando a me deixar nervoso. E se ela quisesse ir embora? Merda, o casamento era em uma semana, e se ela desistisse do contrato? Eu estaria completamente fodido.

— Laura. Fala comigo, por favor. Eu tô te pedindo, abre essa porta. — disse e suspirei. Depois de alguns segundos ouvi o barulho do trinco, mas a porta continuou fechada. Eu me levantei do chão e a abri, encontrando Laura deitada na cama. Eu me sentei e passei minha mão pelos seus cabelos soltos.

— Eu sinto muito Laura. De verdade. Não queria te deixar desconfortável. Nunca foi minha intenção. — comecei, e ela tinha os olhos cheios d'água. Quando vi que ela ia chorar, eu a abracei. — Me desculpa princesa. Eu sinto muito mesmo. Por favor, não chora. Eu não sei o que fazer quando as mulheres choram.

— Não estou chorando por sua causa. Bom, não desse jeito — Laura disse enquanto me deixava abraça-la. Era difícil identificar entre os soluços tudo que ela tinha falado.

— Por que então? O que aconteceu, mia cara? — perguntei passando meu polegar em seus olhos e secando suas lágrimas. Será que eu tinha sido muito bruto e acabei a machucando? Se fosse esse o caso, eu não iria me perdoar.

Talvez o mais sensato seria arranjar um apartamento só pra ela ali naquele prédio. Seria mais seguro pra ela e pro meu auto controle, que tinha me abandonado completamente.

— Eu estou chorando porque eu queria muito que a gente transasse. — ela disse enquanto secava os olhos e sua voz falhou. Eu franzi minha sobrancelha pra ela em completa confusão. Perai, como assim? Foi ela que praticamente correu de mim como o diabo correndo da cruz.

— Laura, mas foi você quem saiu correndo. — disse segurando o riso. Segurei sua mão e levei até os meus lábios, beijando ela ali.

— Eu sei, mas eu quero. — Ela disse com uma voz completamente manhosa e linda. Dessa vez eu ri de verdade. Não imaginava que aquilo poderia acontecer tão cedo. O médico tinha nos falado que poderiam ocorrer oscilações de humor por conta dos hormônios, mas eu não imaginava que seriam daquele jeito.

— Para de rir de mim agora, Matteo, seu...seu... — Laura disse e parecia magoada. Ela começou a me dar tapas nos ombros. Eu segurei suas mãos e abaixei seus braços.

— Calma, olhos castanhos. Sem chorar e sem me bater, ok? — disse e ela concordou, relutante. Eu a peguei nos braços e a coloquei sentada no meu colo. Passei minhas mãos pelas suas bochechas vermelhas e a puxei pra perto de mim.

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⏰ Última atualização: Apr 16 ⏰

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