Capitulo Sessenta-Sangue S.

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"— O tempo leva tudo

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"— O tempo leva tudo. O que você quer e o que não. O tempo leva tudo. O tempo arrasa tudo. E, no final, só resta a escuridão. Às vezes, encontramos outros nessa escuridão. E outras vezes, perdemos eles de novo. —Stephen King"

{Strangerville, Noble Gardens Psychiatric Institution, 29 de outubro de 2018, 12:30 pm}

Os olhos azulados cobertos de frieza e ira de Lionel encaram a borda por onde seu filho pulou, em seu olhar há tanto ódio que visto de longe o primeiro palpite não seria um homem humano e sim uma fera irracional cujo orgulho fora ferido por alguém que considerava inferior e desprezivel.

O ódio por seu filho era tanto que tivera vontade de o estripar com as próprias mãos, arrancar cada uma de suas tripas para fora daquele corpo fraco e arrogante, arma alguma seria o bastante para diminuir o que sentia e o sangue escarlate que escorria pelos ferimentos abertos de seu ombro e abdômen pingaram sobre o telhado, seu corpo tremeu enraivecido e ele gritou em um rosnado jogando a arma sem balas para fora do parapeito a vendo voar no ar e se perder ao chão.

Suas pupilas tremelicaram, tão pequenas que se tornaram uma pequena linha fina, ele se levantou e entrou no prédio onde o caos se instalou, deixando um rastro de sangue por onde andava, desceu as escadas e observou a sala com os pacientes enlouquecidos lutando entre si e com os guardas que tentavam contê-los, apático ele andou entre os destroços até a sala de segurança onde estava sua mala.

O cientista maléfico a agarrou como um corpo vazio, aquelas luzes vermelhas ainda piscavam e a sirene estridente anunciava a chegada da polícia.

Com a mala em mãos ele voltou o corredor até o banheiro que estivera antes, abriu a porta e entrou dentro do ambiente mórbido e frio, parou nas bancadas em frente ao espelho e o sangue pingou sobre o chão, colocando a maleta no mármore ele encarou o seu reflexo no espelho, a figura do homem palido de cabelos loiros com oculos finos e feição inerte e sombria totalmente ensanguentada.

Ele retira o jaleco sangrento e o joga nos ladrilhos e em seguida retira a camisa de gola alta revelando cicatrizes diversas pelo pescoço, ombro, abdômen e tórax junto aos buracos abertos pelas balas recentes, ele abre a maleta e nela haviam frascos com um liquido vermelho rotulado como "Sangue tipo s", algumas seringas e ferramentas cirurgicas, ele agarra uma pinça grande.

Morde o tecido de sua camisa e insere o metal na ferida de seu abdomen abrindo a pele, ele suspira forte e mexe a ferramenta a sangue frio procurando a bala para a retirar de si mesmo sem  anestesia, mal sentia, aquela adrenalina tirava seus sentidos, remexendo o interior de seu ferimento ele sente algo duro e arranca a bala que vem com um jorrar de sangue.

Ele solta o tecido dos dentes e joga a pinça no marmore voltando a encarar os frascos de sangue na mala.

Aquele era um teste secreto, sangue retirado de shiva, o unico híbrido cuja o poder era regeneração absoluta, seu dom transferia ferimentos causados nele para o corpo de quem o atingiu. Ele "morreu" mas seu sangue fora guardado pois tinha um efeito inesperado.

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