Fim da adolescência, o inicio da vida adulta, o momento que o sonho de alguns se tornam o pesadelo de outros.
Uma época de descobertas, paixões, lamentações e atitudes muitas vezes impensadas que podem causar grandes arrependimentos no futuro, talve...
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“"Em vez de correr como um ratinho assustado a vida inteira, você não prefere enfrentar seu inimigo, mesmo que isso signifique arriscar sua vida?" — Shingeki No Kyojin
{Strangerville, rua summertime, 25 de outubro de 2018, 07:00 AM, 05° graus}
O alvorecer trouxe à velha cidade o início de mais uma manhã onde teve o fim de um ciclo, e o início de mais mistérios engatilhados por muitas partes daquele misterioso lugar.
Em partes diferentes da cidade cada uma das peças fundamentais para o desenvolvimento deste jogo estava a despertar movidos pelas próprias ambições que o guiariam neste novo dia onde as folhas alaranjadas voavam através da brisa do outono.
Em um prédio abandonado da rua Summertime, estava um híbrido de raposa deitado no sofá empoeirado na sala iluminada apenas pela luz do sol que entrava entre as frestas da janela quebrada de madeira, era um jovem híbrido de pele parda e sardenta, o rosto jovem e machucado possuía uma feição tensa, sobrancelhas curvadas em uma careta de desconforto com a respiração irregular conforme os fios ruivos caiam por seu rosto, ele suava frio se revirando um pouco no sofá perturbado pelas próprias lembranças através de um sonho relacionado ao seu aniversário sangrento. Alistair ainda vestia o mesmo terno surrado e ensanguentado da noite anterior, sob o efeito dos remédios ele apenas havia se atirado sob o sofá e adormecido.
Em um baque para frente seu tronco se ergueu para se sentar e os olhos amendoados se abriram, revelando as pupilas tremelicantes que de tão finas mal apareciam em seu estado de choque, ele sentia seu corpo suando frio, olhou para os lados e depois passou a mão nos olhos tentando normalizar a respiração, por fim se jogando de volta para trás, caindo de costas no sofá que levantou poeira no ar.
Um resmungo incomodado deixou seus lábios feridos e ele olhou o sol entrando por entre as madeiras.
Ele já não sentia tanta dor, seus ferimentos ainda estavam aparentes mas deveriam estar um pouco melhor do que antes, sua cabeça estava pesada, considerando que ainda era cedo pela posição do sol, o ruivo sabia que havia dormido pouco e em um lugar nada confortável, mas também sabia que não poderia continuar vagabundeando ali.
Ele tinha um claro objetivo preso em sua mente, sendo este descobrir o motivo do celular de Agatha ter reaparecido após dois anos de sua morte, somado ao fato de ter sido induzido a ir em um local já conhecido por ele e por seus amigos. Porém o que mais o intrigava era as duas novas peças daquele quebra cabeça.
Por que aqueles dois adolescentes foram chamados até lá ao mesmo tempo que ele e por que justo naquele lugar?
Ele já tinha uma pista como gatilho inicial, o fato interessante que descobriu em meio ao combate. Não era apenas um filha da puta, e sim dois.
E o híbrido tinha certeza que a resposta para ao menos uma parte de suas perguntas deveria estar no celular antigo que agora estava em seu bolso, ele levou a mão até o traje retirando de lá o aparelho de sua melhor amiga, e observou o objeto por um instante antes de ter coragem o bastante para desbloquear.