Capitulo Nove-Pratos Quebrados, angustia crescente

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“Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente

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“Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente.” — William Shakespeare

{Strangerville, apartamento 1223 da rua Wester, 19 de outubro, 14:40 pm, 4° graus}

A tempestade havia parado, agora a temperatura instável do outono estava caindo cada vez mais a cada hora que se passava e a esta altura uma fina e hesitante chuva tomava as ruas da cidade, era tão fraca e frágil que não podia nem ao menos se denominar como um chuvisco, era apenas um sereno gélido e incomodo que tomava conta das ruas naquele início da tarde de sábado, talvez nevasse aquela noite.

O tic-tac do relógio era o único som que se ouvia na cozinha do apartamento 1223 onde na cadeira de madeira escura James estava sentado com as pernas para o lado, dando a Steve acesso ao seu ferimento. Na mesa arredondada a pequena caixa de primeiros socorros estava aberta e de lá Steve tirou uma pomada para hematomas e agora depositava um pouco em seu dedo enquanto o moreno segurava a toalha com gelo em sua testa.

Will estava sentado na outra extremidade da mesa, os dedos inquietos batucavam compulsivamente a mesa enquanto o mesmo observava Steve ajudar o irmão, sua cabeça estava apoiada em seu antebraço e os fios claros ainda molhados caiam sobre os seus olhos.

Ao menos agora já estava seco, vestia um pijama de mangas compridas azul com um par de meias brancas apeluciadas.

Jackson estava atrás de Steve, com a bunda e as mãos apoiadas sobre o balcão de mármore ao lado do fogão, também já estava vestido com uma blusa de manga comprida, a calça do pijama e um casaco para o aquecer melhor, ele pensava em um modo de compensar o melhor o amigo por tê-lo feito perder algo tão importante como a sua apresentação do TCC mas não tinha ideia do que fazer pois sabia que nada adiantaria ir falar com os professores do amigo pois a maior parte deles não gostava de sua presença por acharem que Jackson era um desastre ambulante, o que apesar de ser cruel não estava incorreto já que a quantidade de coisas que ele havia quebrado sem querer naquela faculdade era absurda para os dois anos que estava lá. Seu corpo estava arrepiado devido a leve brisa que entrava através de uma fresta que havia ficado aberta na janela ao lado da geladeira, a corrente fria batia delicadamente sobre as suas bochechas, congelando a sua pele aos poucos.

— Ai, seja um pouco mais delicado cabelo de algodão doce — James resmunga ao sentir os dedos gélidos de Steve passarem aquela pomada gosmenta e áspera sobre o seu corte.

— Da próxima vez que me chamar de cabelo de algodão doce eu enfio essa maçã em um lugar pior do que a sua cara — Steve retribui o resmungo de modo solene, sorrindo de uma maneira assustadoramente gentil, seus cabelos azulados poderiam puxar para um tom lilás com algumas mechas rosadas e realmente cheiravam a caramelo devido ao shampoo estranho que Jackson havia comprado na semana passada, mas o heterocromático estava sem paciência alguma após o dia estressante a qual foi amaldiçoado a passar.

— Você me assusta as vezes — Jackson fala chamando a sua atenção, Steve revira os olhos entediado voltando a prestar atenção no que estava fazendo.

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