Fim da adolescência, o inicio da vida adulta, o momento que o sonho de alguns se tornam o pesadelo de outros.
Uma época de descobertas, paixões, lamentações e atitudes muitas vezes impensadas que podem causar grandes arrependimentos no futuro, talve...
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"Nós somos, em nosso mundo real e cotidiano, muitas vezes semelhantes às máscaras da Comédia e da Tragédia, rindo por fora, uma careta de dor por dentro. — Stephen king"
{Nova Orleans, sanatório Whispering Cave, Maio de 2012}
Ainda no passado durante os três dias de espera em uma cidade vizinha um grande aliado da revolução fora chamado através de uma carta que alcançou um sanatório escondido na montanha.
A luz fraca e brilhante do início da manhã passa por entre as grades de uma pequena janela para dentro de um quarto com paredes de pedra e uma cama simples com cobertas velhas onde sentado de costas para a parede um homem de pele negra e porte atlético com cabelos trançados, olhos metalicos e uma barba curta com roupas brancas e desgatadas escrevia em um diário de couro que mantinha escondido em seus pertences naquele velho manicômio controlado pelo governo.
Grande parte das pessoas ali não eram loucas e sim ex funcionários que as pessoas de alto escalão queriam manter sob correntes, aqueles que não poderiam simplesmente ser apagados como um qualquer, entre eles estava Gretan firch, tambem conhecido como "Doutor liberdade" ou aquele que que luta contra o sistema podre da atual sociedade.
Irmão de um dos líderes da sede, impregnado forçadamente naquele meio já realizara atrocidades que assombrariam seus piores pesadelos, mas escolheu se vingar de seu próprio sangue e "companheiros" buscando de alguma forma consertar um pouco de tudo que sua família já quebrou.
Mas preso sob as correntes de seu irmão, tudo que podia fazer agora era observar o tempo passar enquanto apodrecia naquela prisão, com o coração quebrado e a mente enfraquecida sob a ameaça de que matariam aquilo que lhe restou, seu filho e sua amada.
Não tinha mais um propósito, ajudou todos que podia mas ninguém pôde ajudá-lo, um homem que não poderia ser salvo.
Com a tinta escura da caneta sua mão faz movimentos suaves para escrever em uma letra cursiva elegante seus pensamentos no papel, uma forma de manter viva suas memórias e quem um dia foi.
Ao seu lado na cama havia uma polaroid de uma mulher negra de longos cabelos encaracolados e olhos gentis e vazios, ele encarou o retrato com carinho passando o polegar na foto de Eleanor, a mãe de seu filho.
Por um segundo, ele não estava mais lá preso naquele inferno e sim em um salão de uma mansão, era noite e o lustre reluzia o brilho dos olhos cinzentos da mulher que descia as escadas no vestido prata com um sorriso sutil enquanto ao pé da escada ele a esperava em seu terno, no meio daquele baile com ministros e empresários, as grandes janelas refletiam uma imensidão estrelada por trás de ambos quando ela parou em sua frente e ele se curvou pegando sua mão para beijar em um cumprimento galante enquanto ela o olhava com ternura.
Mas no segundo seguinte, estava de volta ao presente, olhando aquela foto, jamais perdoaria seu irmão por ter obrigado ela a se casar, seu coração se corroía em amargura sempre que se lembrava da situação em que se conheceram, um casamento arranjado entre Eleanor e seu irmão para gerar um herdeiro para os negócios sujos da família.
