Capítulo 32 - Kuina

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06:00

— Temos que terminar nossa conversa. — pulei para trás ao perceber Chishiya encostado na parede.

— Com certeza temos. — disse levando as mãos ao peito pelo pequeno susto. — Você ficou aí esse tempo todo? — questionei apertando os olhos, surpresa.

Ele contorceu o rosto e logo desviou o olhar, metendo as mãos nos bolsos.

— Eu fiquei preocupado em alguém ter descoberto algo e ela te ferrado tudo. — disse sem me olhar.

— Sei. — o fitei desconfiada. — É só isso mesmo? — mexi com ele, levando o cigarro aos lábios.

— Óbvio que é. — respondeu ríspido, começando a andar.

Sorri, cruzando os braços. 

— A Kira não vai mais ser a isca. — disse firme, sentindo seus olhos me queimar com a afirmação e minha ousadia.

Se alguém me dissesse que eu tentaria ajudar a pessoa que poderia me levar embora desse inferno, eu iria rir do cidadão. Mas cá estava eu, decidida a todo custo, proteger aquela mulher.

— Eu é quem faço os planos, Kuina. — o menor estalou a língua. — Portanto sou eu quem decido isso. — disse cheio de si, me fazendo retirar o cigarro dos lábios e o fitar risonha.

— Então eu acho que está na hora de mudarmos isso. — disse fazendo ele levantar uma sobrancelha, surpreso.

— O que aconteceu com o "eu não queria ser sua inimiga"? — fiz careta ao ouvir Chishiya tentar imitar a minha voz e voltei a por o cigarro nos lábios.

— Eu não retiro o que eu disse, mas eu também não gostaria de ser inimiga dela. — revelei, lembrando do seu plano mirabolante e de como ela era inteligente e boa de briga. — Se o seu plano envolve usá-la como isca, não conte comigo. — disse séria, lembrando de como ela me salvou e do quão quebrada ela estava mais cedo. Suspirei, tentando controlar a minha raiva. Eu tinha me apegado demais a ela e quando eu percebi já estava mais que envolvida. — E eu não falo desse jeito. — terminei o fazendo sorrir, divertido com minha irritação.

— Relaxa, Kuina. — pediu calmo. — O plano não vai prejudicar a Kira. — comentou me fazendo ficar estupefata.

— O quê? — perguntei, pensado ter ouvido errado.

— O que você ouviu. — disse simples.

— Tem certeza? — perguntei, mantendo o cigarro entre os dentes. — Tem certeza que o plano não vai prejudicar ela?

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