Capítulo 31 - Três Da Manhã ⚠️(ALERTA DE GATILHO)⚠️

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⚠️(Gatilho:Caso não consigam ler, pulem para o final ou não leiam este capítulo!)

— O que você está fazendo aqui? — perguntei o vendo balançar a garrafa em minha direção. 

Estava bêbado, com toda certeza.

— Olha o tom, Kira! — alertou e eu o ignorei, passando por ele. 

Dei a volta na cama e fui até a cômoda agarrando minha mochila. Me virei para ir embora, mas parei quando ele levantou e caminhou em minha direção.

Hoje não. 

— Você demorou, boneca. — o observei se aproximar e senti um leve calafrio, pelo seu tom malicioso. — Bebe comigo. — pediu, oferecendo a garrafa.

— Não estou afim. — retruquei, apertando com certa força, a alça nas minhas mãos.

Ele apertou os olhos em minha direção.

— Onde acha que vai com isso? — perguntou abrindo um sorriso maldoso, me fazendo engolir em seco.

— Eu estou cansada, Niragi. — disse,  tentando passar por ele. No entanto o homem se colocou na minha frente, fazendo a tensão se apoderar de mim.

— Você não parece cansada. — apontou tentando tocar meu rosto, o que me fez esquivar de seu toque. 

Observei seu sorriso diminuir.

— Não encoste em mim. — pedi firme, o fitando séria.

Ele me encarou em silêncio, minuciosamente, e quando constatou minha apreensão perante sua presença, seu sorriso voltou a se alargar.

— Você deveria estar feliz. — disse agarrando na minha mochila e arrancando a mesma da minhas mãos com força, me deixando surpresa pela sua imprevisibilidade.

— Para com isso. — mandei entre dentes quando ele arremessou a mesma para longe, de maneira agressiva. — Qual o seu problema? — questionei irritada tentando me afastar, mas ele voltou a bloquear o meu caminho. 

— Ele esta morto. — cantarolou, levantando a garrafa, em comemoração. Entretanto, eu me mantive quieta, observando a loucura emanar dele. — Não está? — perguntou, arrastando os pés pelo meu quarto, se aproximando mais.

— Está. — disse, me afastando lembrando do ocorrido e das lembranças dolorosas que me invadiram.

— Ótimo. — pousou a garrafa no chão e se voltou para mim. — Vamos comemorar. — sorriu e invadiu o meu espaço pessoal, tentando me beijar, mas eu coloquei as mãos em seu peito, o impedindo de continuar. 

— Eu não quero, Niragi. — falei firme, tentando o empurrar, mas ele me ignorou e me puxou para mais perto, me prendendo contra ele. — Me larga, seu merda. — mandei angustiada.

— Adoro quando você fala essas coisas. — comentou, lambendo minha bochecha, me fazendo fechar os olhos e me esquivar, com repulsa. — Mas bem que você poderia usar essa sua boquinha linda para outras coisas. — continuou, levando as mãos para o meu rosto, me fazendo encara-lo com desprezo.

Eu não vou mentir, eu temia que isso acontecesse. No entanto, devido o acordo, eu pensei que poderia ficar tranquila. Meu pior erro. O problema em domar feras, era que independente do que fizéssemos, elas continuariam sendo selvagens. Selvagens e muito, muito perigosas.

Fúria In Bordeland Onde histórias criam vida. Descubra agora