Capítulo 41 - Amigo De Uma Amiga

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O suor escorria pelo meu rosto e o odor do ferrugem vermelho entrava pelas minhas narinas, enquanto minha blusa ficava cada vez mais ensopada pelo sangue

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O suor escorria pelo meu rosto e o odor do ferrugem vermelho entrava pelas minhas narinas, enquanto minha blusa ficava cada vez mais ensopada pelo sangue.

Sinto mais lágrimas caírem pela triste realidade e fungo, arrasada.

— Eles estão vindo! — diz e eu ignoro os motores próximo dali. — Você precisa ir. — continua e eu nego, sem tirar os olhos dela.

— Não vou a lugar algum sem você. — engulo em seco, enquanto as lágrimas continuam.

— Não existe mais chance para mim, amor. — sorri. Um sorriso cansado e coberto pelo vermelho vivo. Um sorriso que partia o meu coração. — Mas ainda tem chance para você. — aponta e eu nego novamente.

— Eu já disse, não vou a lugar algum. Não sem você. 

— Você vai... Você precisa. — respira com dificuldade, me olhando tristonha. — Quero que você viva, Kira. — diz e eu fungo, balançando a cabeça em negação.

— Eu não posso deixar você, Yuna. 

— Ambas sabemos que eu vou morrer, Kira. Não tem jeito. Você precisa ir. — nego novamente. — Vá.

— Eu não posso. — susurro.

— Você tem que ir. 

— Eu não posso. — repito, chorosa.

— Vai embora, Kira. — grita, com dificuldade e eu a encaro sentida.

— Eu não vou deixar você. — grito de volta, desesperada. — Somos eu e você contra o mundo. Eu não vou te deixar, porra — berro, fechando os olhos e me desatando a chorar. — Merda. — me encosto no banco, sem forças para discutir.

— Ei, olha para mim. — pede com a voz serena, agarrando nas minhas mãos. — Olha para mim. — abro os olhos e observo com amargo, ela derramar algumas lágrimas. — Eu não vou conseguir. 

— Não diz isso.

— Eu não vou conseguir. — repete novamente. — Eu vou morrer e não é hora de você ser teimosa, porque se algo acontecer a você e ambas sabemos que vai, se você ficar, eu jamais vou conseguir me perdoar. — expressa, me quebrando completamente. — Então vá... Você tem que viver. Tem que viver e tem que fazer isso por mim. — balanço a cabeça em negação. — Me escuta... Da mesma maneira que eu viveria por você, você tem que viver por mim.

— Yuna...

— É o meu último pedido para você. — diz firme e logo em seguida, sorri em meio as lágrimas, antes de tentar levantar. Comprimo os lábios, nervosa e ajudo ela a se acomodar no banco do carona. — É o meu último pedido para você. — pede e eu desvio o olhar, sem conseguir fitar seus olhos, mas a mulher agarra no meu queixo e me força a olhar para ela.  — Eles estão vindo... Você tem que ser forte agora. Por nós duas.— diz tocando meu rosto. 

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