Capítulo 43 - Vaso Ruim Não Quebra Fácil

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— Que merda é aquela? — sussurro para mim mesma

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— Que merda é aquela? — sussurro para mim mesma. — Gente? — elevo o tom ao observar o corpo queimado, se aproximar cada vez mais. A fumaça ainda impedia de ver o rosto, mas as roupas, principalmente a camisa grudada na derme, não me eram estranhas.

— Coloquem o corpo na fogueira! — Usagi berra, fazendo com que Kuina também se pronuncie, incentivando os hóspedes.

Não consigo desviar o olhar da coisa desengonçada, mas assim que me dou conta da arma em suas mãos, grito alertando as pessoas.

— Todos se abaixem. — berro sentindo meu coração ir a loucura e a ansiedade me fazer agir.

Sem entende nada, mas sob os sons dos tiros, o pequeno grupo, assim como eu, se joga no chão. O ambiente fica em completo silêncio novamente e logo a tensão e o medo volta a pairar no ar.

Olho ao redor procurando por Kuina e suspiro ao vê-la bem, entretanto permaneço apreensiva quando me volto para frente e vejo dois dos homens que estavam tentando carregar a Momoka, irem ao chão.

Merda.

— Ali. — aponto para o ser, observando horrorizada aquela presença que gemia e resmungava baixinho.

— O que é aquilo? — alguém susurra ao meu lado e eu aperto os olhos ao vê-lo se aproximar cada vez mais.

— Aquilo doeu...

Puta que pariu.

A figura se tornar visível fora da fumaça e assim que meus olhos pousam nos seus, sinto todos os pelos do meu corpo se arrepiarem e imediatamente prendo a respiração.

Niragi.

— É o Niragi...

— O que diabos houve com ele? — An questiona e eu sinto meus olhos queimar.

— Eu toquei fogo nele! — Chishiya responde a alguns metros de mim, me fazendo encara-ló surpresa. O homem me olha intensamente e meu coração acelera por vê-lo ali, vivo.

— Mas e aquilo no ombro? — desvio o olhar do platinado ao ouvir a voz doce de Kuina e automaticamente Usagi me encara.

— Eu atirei nele! — engulo em seco, ainda sem acreditar na minha maldita mira.

— Desde o início, eu devia ter usado a Fogueira para queimar a Praia... — o homem cospe com fúria, andando com dificuldade, completamente coberto por queimaduras. Uma pior que a outra.

Observo ao longe, Aguni se arrastar pelo chão e cogitando uma ideia, faço o mesmo, ignorando os olhares de dúvida sobre mim.

— Então, eu vou zerar o jogo agora! — o lunático berra, lançando a tocha na direção do pessoal e voltando a atirar.

Me afasto da confusão e me escondo atrás de uma pilastra, fechando os olhos e respirando fundo. Meus pensamentos estavam completamente acelerados e o gosto amargo da culpa, me cortava por dentro. Eu podia ter evitado isso. Poderia evitar tudo isso. E agora, tudo estava em chamas. Sopro o ar dos meus pulmões tentando acalmar os pensamentos distorcidos e nego com a cabeça tentando focar no agora.

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