Olhava do meu siso no chão ao corpo de Yuki do outro lado da sala, enquanto cuspia o líquido vermelho e respirava com dificuldade.
Tínhamos começado um confronto violento após a saída do militar e surpreendentemente, além de me deixar no chão, o desgraçado também tinha conseguido arrancar um dente meu. Ele não estava melhor do que eu, mas o fato dele ter conseguido esse feito, mostrava que ele estava bem mais preparado do que eu esperava. E como consequência, mais perigoso.
- Você melhorou bastante desde a última vez. - admiti, o vendo se arrastar pelo chão.
- Pois é, no seu hábitat natural tudo fica melhor. - disse, parando perto do vaso de plantas e voltando a insistir que esse mundo era dele.
Sorri, ficando de pé com certa dificuldade e retirei o corta vento, me preparando para continuar a luta.
- Sabe de uma coisa, esse é o seu problema Kira. - começou e respirou fundo, levando uma mão para a costela. - Esse é e sempre foi o seu maldito problema. - comentou se escorando no vaso de barro e tossindo. - Sabe por que estamos aqui hoje? Por que você nunca soube a hora de parar. - continuou, me dando as costas e tentado ficar de pé. - Alguém deveria ter te ensinado isso. Alguém deveria ter te dado uma lição também. - pontuou, me fazendo apertar os olhos para suas palavras. Também?
- Eu sei muito bem a hora de parar, Yuki. - apontei, irritada. - E dessa vez, eu te garanto que eu não vou parar. Não até sua cabeça rolar.
- Viu só! - me olhou por cima dos ombros, com um sorriso irritante nos lábios. - Nos não precisamos brigar, Kira. Na verdade, eu deveria te agradecer. - franzi a testa confusa, o observando ficar de pé e agarrar no estômago. - Você nos trouxe para esse mundo, para o lugar que foi feito para pessoas como eu! - comentou, socando o peito, parecendo sofrer da mesma síndrome de Deus do Chapeleiro.
- De novo isso? - debochei de suas palavras, tentando entender a sua louca teoria. - Acha mesmo que isso aqui foi feito para você? - ri de seus devaneios. - Você é realmente doente. - cuspi, entre dentes.
- Já que você me acha tão louco? Por que não ouve uma das minha histórias? - indagou, abrindo um sorrindo sujo. - O que você pensou quando conheceu a minha irmãzinha? - voltou a se apoiar no vaso e agarrou no estômago, ganhando minha atenção e me fazendo ficar totalmente incomodada com o questionamento súbito. - Aposto que ela era como um muro blindado e permaneceu assim por um bom tempo até deixar você entrar. - continuou, fazendo meu coração acelerar com o fato verdadeiro.
- Por que você está falando dela agora, seu bastardo? - indaguei alterada, sentindo a ansiedade tomar conta de mim.
Será que eles nos vigiou ou coisa do tipo? Impossível, ele estava internado. Mas como ele sabia disso?
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Fúria In Bordeland
Fiksi PenggemarApós caminhar um pouco, entrei na primeira casa que encontrei e corri para o banheiro pronta para começar meu plano. A milícia estava atrás de mim, então não iria demorar para eles me encontrarem. Me olhei no espelho e encarei o meu reflexo. Roupas...