Capítulo Quarenta

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| Fernanda | 

- Amor, toma - eu peço para Antony depois de abrir uma garrafa de água. 

- Não precisa, cara - ele diz com a voz embargada e eu quero rir da situação dele, mas me mantenho séria.

- Toma que você vai melhorar - eu insisto olhando para o horário do meu celular, já passa das três da manhã e a festa ainda está rolando mesmo com um número menor de pessoas. 

- Ah não, não quero - ele nega com a mão e eu perco a paciência. 

- Bebe logo, Antony - eu falo firme esticando a garrafa e ele para pra erguer o olhar pra mim sentado em um dos degraus - Eu 'tô mandando. 

Ele finalmente me obedece bebendo contrariado, Antony não dá nem dois goles e me devolve a garrafa. 

Sabia que ia sobrar para mim cuidar dele depois dele decidir que seria uma boa beber e misturar ainda por cima.

- Bebe mais - eu mando brava e ele volta a beber sem me questionar. 

Antony termina quase toda a garrafa e eu pego de volta para fechar com a tampa, ele apoia a cabeça na minha barriga e eu faço carinho nas suas costas. 

- Quer ir embora? - eu pergunto percebendo que eu sou uma das poucas pessoas sóbrias na festa ainda. 

- Não, vamo ficar até o final - ele pede olhando pra mim e voltando a se apoiar em mim. 

- Você não consegue nem ficar em pé - eu falo e ele protesta.

- Claro que consigo - ele tenta levantar e eu apoio minha mão no seu ombro colocando ele pra sentar de volta - Você que não me deixa. 

- Sim sim, claro - eu finjo concordar com ele. 

Sento do lado dele esperando a boa vontade dele para ir embora, graças as minhas orações Antony não demora muito para decidir o que ele quer.

- Quero ir pro hotel - ele fala encarando o chão e eu levanto de prontidão.

- Vamo - ofereço minha mão para ele e o puxo para cima. 

Passo o braço dele pelo meu pescoço para apoiar ele melhor, ando com dificuldade até encontrar o Martinelli no meio do caminho que corre para me ajudar.

- Vai levar ele embora? - ele me pergunta já levando o amigo com mais facilidade.

- Amigoo - Antony quase grita no ouvido do Gabriel que revira os olhos.

- 'Tá me devendo uma - ele diz a ele e eu dou risada. 

- Isso porque eu já fiz ele beber quase uma garrafa de água - eu comento e Gabriel me acompanha até o carro.

- Acredito, ele fica mais insuportável ainda bêbado - ele fala e eu abro a porta do passageiro para colocar o Antony - Quer que eu e a Isa vá com você? 

- Não precisa, Gab - eu fecho a porta e Antony bate os dedos no vidro tentando chamar a minha atenção, mas eu só ignoro.

- Certeza? - eu reafirmo com a cabeça - Beleza então, avisa quando chegar lá. 

- Pode deixar, se cuida aí - eu falo já indo para o lado do motorista - Obrigada, Martinelli. 

- Disponha - ele sorri acenando e volta para a festa enquanto eu entro no carro. 

- Motorista particular? - Antony brinca e eu reviro os olhos.

- Vê se dorme - eu ligo o carro para sair logo daqui, porque eu só quero minha cama. 

Game || Antony Onde histórias criam vida. Descubra agora