Capítulo Dezessete

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| Antony | 

O juiz apita o começo do jogo e todo o banco fica concentrado na bola e nos passes, apesar de ter passado poucos minutos em campo dá pra sentir que o jogo com a seleção coreana vai ser tranquilo e com poucas faltas. 

Logo no início Vini Jr abre o placar com um gol, nós comemoramos felizes por garantir um gol nesse tempo. Para um jogo eliminatório é necessário que coisas assim aconteçam para aumentar a confiança da equipe. 

- Pênalti! - escuto Rodrygo gritando enquanto levanta do banco. 

Vejo Richarlison caído no chão, a falta é tão grande que o juiz nem precisa conferir e logo confirma o pênalti que é comemorado pela torcida brasileira. Como seria o Neymar a bater, mais um gol já 'tá garantido. 

O goleiro coreano não tem chance nenhuma de pegar a bola e ela entra devagar no gol, balançando a rede na parte debaixo. 

Mais uma comemoração, todo mundo grita e canta animado no estádio inteiro. Não é nem metade do primeiro tempo e conseguimos um espaço no placar, isso agita mais ainda a torcida. 

Acompanho o jogo com a ansiedade me invadindo, queria estar em campo hoje mesmo sabendo que não dá, o que me tranquiliza é que o jogo está indo favorável para nossa seleção. 

Olho para trás tentando ver Fernanda na torcida um pouco acima dos bancos de reserva, mas não consigo vê-la ainda. Sorrio pensando que ela deve 'tá feliz com o jogo, tinha esquecido como ela era torcendo, sempre gritando e xingando os adversários. 

Passamos da metade do primeiro tempo e com isso vem mais um gol do Richarlison, ele consegue driblar três jogadores para balançar a rede pela terceira vez desde do início da copa.

Esqueço até do meu tornozelo e saio para comemorar com toda a seleção, inacreditável como o Tite realmente cumpriu o que prometeu fazendo a dança do pombo. Eu preciso ver isso gravado depois, deve ter ficado incrível. 

Voltamos para os lugares para continuar o jogo, olho de relance para a torcida e consigo ver ela sorrindo e comemorando também enquanto filma o estádio torcendo em sua maioria para o Brasil. 

Para completar o primeiro tempo, Paquetá faz mais um gol para a seleção e todo mundo vibra, está sendo o melhor jogo da copa até agora. Não só pelos gols, mas pelo respeito dentro de campo dos jogadores coreanos com a nossa seleção. 

O intervalo passa rápido, todos entram pro vestiário felizes e conversando, até o Tite melhora o humor dele. Ele passa mais instruções e conversa sobre algumas falhas que ele notou no campo, apesar de serem poucas precisamos manter a distância de gols segura. 

Voltamos para os mesmos lugares para ver o segundo tempo, por enquanto o professor não muda ninguém dentro do jogo, mas ele segue anotando coisas na prancheta.

Encaro meu tornozelo que aparentemente não está machucado, não sinto dor por conta dos remédios que me passaram, mas ainda não posso forçar nada.  Sento do lado do Martinelli para ver o jogo com ele, Gabriel me pergunta como 'tá o machucado assim que a partida recomeça.

- Bem até, sexta eu já 'tô de volta - me refiro ao jogo das quartas. 

- Tem certeza disso? Não quero ter que socorrer ninguém no campo, hein - ele brinca, mas sei que Martinelli nunca me abandonaria sozinho.

- Não vai precisar, te garanto - eu respondo de volta olhando o jogo que por enquanto tem a mesma pegada que a primeira parte. 

- Entregou pra ela? - Martinelli me pergunta sobre o pingente e eu aceno com a cabeça 

Game || Antony Onde histórias criam vida. Descubra agora