Capítulo Nove

4.5K 391 264
                                    

|Fernanda|

Sinto minha pulsação aumentar quando a porta fecha, me olho no espelho tentando ajeitar meu cabelo e minha dignidade.

O perfume masculino preenche todo o ambiente, vejo ele pelo reflexo. Está encostado entre a porta e a parede lateral, ele olha para minhas costas. Inteira.

Respiro fundo e percebo que o elevador ainda não andou, porque ninguém apertou nosso andar.

- Quer que eu vá de escada? - ele finalmente quebra o silêncio com a pergunta.

- Não, não tem necessidade- balanço a cabeça em negação virando para encará-lo, mas meu olho só consegue focar no bíceps marcado em sua camiseta.

- Que bom então - ele não me encara mais, só o tênis branco.

- Não vai apertar o botão? - ele ergue o olho e sorri, maldito sorriso.

- Aperta você - Antony chega um pouco para o lado e oferece o quadro de botões para eu apertar.

Ele segue brincando comigo, filho da mãe.

- O que custa você apertar o botão? - cruzo os braços e ergo a sobrancelha

- 'Tá com medo de mim, Bacchi? - ele dá um passo pra trás, mas eu não consigo me afastar - Ou 'tá com medo de não conseguir se controlar?

- Não sei do que você 'tá falando - mantenho a postura dando a volta por ele e apertando o número do nosso andar.

- Não sabe mesmo? - ele sorri pra mim assim que eu me viro para olhá-lo.

- Não, não tem motivo pra eu te evitar - minto na maior cara de pau.

- Então porque ainda 'tá fazendo isso? - ele se aproxima mais ainda de mim e eu sinto o gelado do metal do elevador nas minhas costas.

- Fazendo o que? - pergunto baixo, minha respiração acelera mesmo eu tentando controlar. Odeio esse efeito que ele tem em mim.

Ele não responde a minha pergunta e simplesmente quase cola o corpo dele no meu. Não preciso nem andar mais para tocá-lo e a vontade só aumenta a cada respiração.

- Você sabe, gatinha - ele sussurra no meu ouvido e aperta um botão que para o elevador - Mas não importa, porque eu vou mudar isso.

- Ah vai? - mesmo sentindo minhas pernas fracas eu ainda provoco.

- Vou e você sabe que eu já 'tô conseguindo - sua mão faz menção de pegar no meu pescoço, mas para no ar - Sem nem te tocar eu já mexi com você.

Antony nunca esteve tão perto e ao mesmo tempo tão longe, eu quero tocar nele aqui mesmo, mas não vou deixar ele vencer esse joguinho. 

- Quem garante isso? - tento soar firme e inabalável para não entregar. 

- Eu mesmo, acha que eu não 'tô vendo você respirando mais rápido desde que ficamos sozinhos? - ele enrola um cacho meu no seu dedo, por Deus eu quero tanto beijar ele. 

- Você não é boa em disfarçar quando 'tá excitada - Antony completa passando a mão pela minha cintura e apertando ela. 

Quantos dias eu posso ficar arrependida por deixar ele fazer o que quiser comigo nesse elevador?

- Antony... - eu o chamo quase implorando - eu vou te matar quando a gente sair daqui. 

Ele ri baixo com a minha ameaça, a última coisa que eu vou fazer quando sair daqui é matar ele. 

- Não vai não - sinto a outra mão dele passando entre minhas coxas, porém quando ele chega na borda do meu vestido Antony para. 

Quase protesto quando ele me olha, mas eu percebo que ele 'tá esperando eu autorizar para continuar como se eu conseguisse dizer não de qualquer jeito. Aceno só uma vez com a cabeça e sinto ele ir devagar até demais para o meu gosto em direção a minha calcinha levantando o meu vestido.

Game || Antony Onde histórias criam vida. Descubra agora