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Já haviam se passado algumas semanas desde que descobri sobre a doença da minha vó e trabalhei todos os dias incansavelmente. Minha mente já esta esgotada e a única coisa que faço ao chegar as 3 horas da manhã é dormir por aproximadamente 4 horas antes de começar a me arrumar para o estágio, sim, as férias acabaram mais cedo do que imaginei. 

Todos os dias na boate tem um dos meninos me aguardando, isso quando todos não resolvem ir. Me sinto protegida com eles.

Ultimamente eu estou bem próxima de cada um deles e isso me deixa um pouco feliz. As coisas não estão fáceis com a vovó e a cada dia que passa eu vejo que a mesma esta se afastando de mim. Será que ela acha que fazendo isso estará me poupando da dor ?

Pesquisei sobre a doença e cheguei a questionar a Yumi em algumas sessões de terapia. Admito que por alguns dias chorei ao chegar em casa pois a esperança esta sumindo.

Hoje é sábado e assim que acordei eu não vi minha vó em casa e mesmo tentando ligar para ela, a mesma desligava. Vi um bilhete na mesinha onde ela me avisava ter ido visitar uma amiga. Fiquei menos preocupada mas ainda acho estranho seu comportamento.

Manjiro me ligou dizendo que iria me buscar em casa para que passássemos uma tarde juntos. O platinado deixou um pouco a sua neurose de lado e vive dizendo que as outras gangues não são loucas de chegarem perto de mim, não sei se fico confortável com isso. Coloquei a minha melhor roupa e guardei um conjuntinho reserva na minha mochila, já ocorreu de eu dormir em um dos quartos reservas da mansão deles, mas nada aconteceu. Estava tão exausta que eu só lembro de ter me jogado na cama e capotado.

Vejo a mensagem no celular em que Manjiro avisava ter chego. Verifico se tudo esta desligado e corro até a portaria do prédio.

- Veio rápido - Peguei o capacete da sua mão.

- Eu nunca respeito o trânsito - Me ajudou no ajuste antes de montar na moto e eu abraçá-lo pela cintura

- Por isso que sempre sinto medo com você dirigindo.

- Deveria ter medo do Takeomi - Revirou os olhos e eu pude vê pelo retrovisor - Não é atoa que ele só anda de carro com o Kakucho.

- Como estão os rapazes ? - Tentei falar tirando alguns fios de cabelo do meu rosto - Estão todos na mansão ?

- Quase todos, Kakucho, Takeomi e Sanzu saíram em missão. Somente Rindou, Ran e Kokonoi estão em casa.

- Entendi... - Meus pensamentos vagaram no Hajime. Por estranho que pareça, minha relação com ele foi a que menos melhorou. Desde o dia que falei do acidente ele vem me hesitando bastante.

- Preciso te perguntar algo - Ele parou em um semáforo e me olhou pelo ombro

- Pode perguntar.

- Como esta sua avó ?

Meu olhar caiu de imediato, a tristeza queria me dar um longo abraço novamente e o Sano percebeu pois logo em seguida ele me pediu desculpas. Ele não tinha culpa pela confusão que é minha vida. Queria ter uma maquina no tempo e talvez fazer algo, mas certas coisas não tem como mudarmos.

- Cada vez mais distante. - Fui sincera - Mas não quero falar sobre isso, se me permite.

- Claro - Ele deu partida para seguirmos nosso percurso.

Não demorou para chegarmos na mansão e sermos recepcionados por Rindou e Ran. Ambos tinham um sorriso aberto porem alguns cortes no rosto. Não é muito difícil lidar com os Haitanis, na verdade, eles são os mais tranquilos dentre os setes rapazes, mas sempre que aparecem feridos eu sei que se machucaram brigando entre si do que com outra gangue.

𝐂𝐈𝐓𝐘 𝐎𝐅 𝐀𝐍𝐆𝐄𝐋𝐒 - BONTENOnde histórias criam vida. Descubra agora