16.

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Ficamos nos encarando por um tempo em silêncio para ver quem iria jogar a toalha para o outro. Mas foi Manjiro que suspirou colocando a mão na cintura e me lançando um sorriso.

- Tudo bem, acho que já passamos do limite. - Estendeu a mão para mim e eu apertei a mesma - Dessa vez eu abro mão de que você esta certa. Haruchiyo ?

- Sim ? - O rosado arqueou a sobrancelha se afastando de mim e se colocando ao lado de Sano

- Por hoje você esta livre.

- Obrigado, chefe.

Antes mesmo que eu dissesse algo, Haru me abraçou rapidamente e se afastou dos rapazes. Pensei em dizer algo mas minha boca logo se fechou ao notar que ele já estava a uma distância de mim.

- Que bizarro - Kokonoi observou com atenção a situação - O cara que mais gosta de torturar as pessoas ficou com medinho de nós.

- Acho que pegaram pesado com ele - Rindou deu de ombro e se pôs ao meu lado - Mas eu havia dito a senhorita para não se meter nesses assuntos.

- Não deveria protege-lo. - Takeomi soltou a fumaça no ar e me encarou profundamente - Como falamos, Haruchiyo é traiçoeiro quando esta em efeito de drogas. No momento ele esta limpo, mas logo ira se dopar e você verá como ele realmente é.

- Eu já vi - O interrompi - No dia que ele foi para minha casa pela primeira vez. Então não fale como se soubesse de tudo, você como irmão deveria ajuda-lo e proteger ele.

- Proteger aquele viciado ? - Deu uma risada anasalada - Nem fodendo, baby. Você não sabe de nada.

- Tsc, ja chega disso. - Manjiro nos cortou enquanto puxava o irmão mais velho de Haru para longe, me deixando apenas com os demais.

- Babaca - Me virei indo até o bar para pedir qualquer coisa que tivesse para me embebedar.

Pedi a vodka mais forte e me servi em dois copos. Tudo ardia na minha garganta além do meu corpo ferver. Os problemas em minha mente estavam um turbilhão, mas não quero pensar em mais nada, quero pelo menos por uma noite apagar tudo. Então, vovó me desculpe, mas eu quero viver minha vida pelo menos hoje.

Já estava no meu quinto copo quando sinto ser tomado da minha mão e bebido por Ran. Empinei o nariz pronta para reclamar com ele por ter tomado ao invés de pegar um, mas o mesmo deu um sorriso malicioso e colocou suas mãos em meu rosto, apertando minhas bochechas em um biquinho.

- Esta bem marrenta desde que chegamos. - Apertou mais um pouco - Os outros podem estar bem tranquilos quanto a isso, mas eu to com uma vontade enorme de te punir.

- Você não pode me tocar - Dei um tapa em sua mão me soltando - Mikey não deixaria.

- Quem disse que é para te machucar ? - Abriu de vez um sorriso que fez meu coração acelerar calorosamente - Sou carinhoso, cavalheiro, gentil... Mas, posso mudar isso em segundos. Basta você aceitar ser minha essa noite e experimentar se aventurar comigo.

- Aiai Ran - Peguei a garrafa de vodka me servindo novamente e tomando de vez o liquido antes de colocar no balcão o copo - Nem ferrando que irei fazer parte da sua listinha de conquistas. Mas um beijinho até o final da noite... Quem sabe você consiga.

- Farei por merecer - Levantou o copo de Whisky e bebericou enquanto me analisava se afastar e ir em direção a Kokonoi.

- Hora de dançar, querido.

Peguei sua mão com um sorriso nos lábios e fui guiando o mesmo para que dançássemos juntos. Ele era péssimo acompanhante de dança, principalmente por tocar músicas latinas que precisavam ter gingado e rebolado. Eu não conseguia deixar de rir junto aos demais que estavam em uma mesa afastados, ele fez uma careta emburrado prestes a desistir.

𝐂𝐈𝐓𝐘 𝐎𝐅 𝐀𝐍𝐆𝐄𝐋𝐒 - BONTENOnde histórias criam vida. Descubra agora