𝐂𝐈𝐓𝐘 𝐎𝐅 𝐀𝐍𝐆𝐄𝐋𝐒 - BONTEN

36.

Kakucho pov;

Estavamos nós três sentados no sofá enquanto bebíamos café com torradas que ela havia preparado. Rindou não parava de abraça-la e a cada segundo dizia o quanto estava feliz por ela estar bem, por outro lado, a garota parecia aérea em pensamentos.

- Esta tudo bem, Iekami ?

- Eu não sei mais o que fazer. - Seus olhos fixos no chão mostravam a batalha que ela devia estar enfrentando por dentro - Sempre tento fugir de vocês, fazer as coisas da minha própria maneira... Mas é impossível. Vocês sempre me encontram como se tivessem algum fio me ligando a vocês.

- Mas tem - Rindou abriu um singelo sorriso - Além disso, conhecemos a cidade perfeitamente - Se gabou um pouco - Nós só queremos protege-la.

- Kisaki tem envolvimento com a morte dos meus pais. Eu preciso enfrentá-lo, preciso saber o que ele esconde. - A mesma se levantou pondo a xícara na mesa de centro e se abraçando - Vocês por perto só vão querer me esconder como se fosse feita de vidro. Uma criancinha... E-Eu posso me defender, posso cuidar de mim.

- Ei, calma - Rindou tentou toca-la mas ela deu um leve tapa em sua mão enquanto se afastava - Sabemos da sua história e queremos ajuda-la, podemos descobrir e contar a você...

-Não quero que saibam por mim e me contem - Seus olhos voltou para nós - Como irei saber se vocês não esconderam algo na intenção de não me magoar? Como posso confiar?

- Ela tem razão, Rindou - Me pronunciei - Manjiro e Ran seriam os primeiros a quererem esconder a verdade. Não posso dizer muito do Kokonoi e do Sanzu, Takeomi por sua vez não teria problema algum em contar se não fosse pelo nosso líder.

- E o que você sugere ? - O roxeado me encarou como se tentasse adivinhar meus pensamentos

- Quando formos nos encontrar com Kisaki, ela irá conosco.

- O-O que ? - Os olhos dos dois se arregalaram em surpresa, não esperavam essa atitude minha. Mas eu compreendia os sentimentos dela, compreendia perfeitamente pelo fato de ter os mesmos questionamentos referente a morte do meu melhor amigo - Não ache que o Mikey irá concordar com isso.

- Ele não precisa saber, pelo menos, não agora.

O mais novo engoliu um seco antes de concordar e ficarmos em silêncio terminando o lanche. Eu pensava em maneiras de encaixar a S/n no plano sem levantar suspeitas e isso parecia arriscado em oitenta por cento das probabilidades que calculei em termos uma vitória.

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S/n pov;

Após uma longa conversa com os rapazes, tentamos descontrair aquele clima pesado que nos rodeava. Colocamos um filme enquanto Kakucho foi preparar pipoca para nós. Estávamos somente na sala Rindou e eu.

- O que esta se passando nessa sua cabecinha hein ? - Empurrei levemente o roxeado que rapidamente me segurou pela cintura e me puxou junto

- Que você tem que parar de brincar de esconde esconde - Ele sorriu e eu também

- Vocês nem conseguem me ver longe por um segundo.

- Claro, ficamos em abstinência de você - Meu rosto corou com suas palavras até que o mesmo me puxou pela nuca para um beijo.

Por alguns segundos fiquei paralisada por ter sido pega de surpresa, mas logo o retribui. Rindou era carinhoso, calmo e respeitador, alguém que eu passaria horas e horas sem perceber que o tempo correu rápido. Seus lábios eram doce e macios, sua mão direita acariciava minhas bochechas enquanto a outra segurava minha cintura. Cada toque foi se transformando em uma sensação que eu jamais havia conhecido. O coração estava acelerado e foi como se aquela cena já tivesse acontecido antes... Um deja vú.