15.

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Já faz algumas horas que estou no carro com o Ran indo para minha casa. Hoje teria uma festa na mansão deles exclusiva para sócios e amigos próximos, foram os Haitani que planejaram tudo.

A semana passou tranquila sem sinal do Sanzu, o que me deixou preocupada com ele. Os demais rapazes estavam ocupados com os preparativos e evitavam minhas perguntas sobre o rosado. 

Vovó permanece do mesmo jeito comigo, tento conversar com ela mas a mesma parece distante, como se tivesse no seu mundinho.

- Como se sente ? - Ran dirigia atento ao transito enquanto sua mão repousava na minha coxa.

- Cansada - Suspirei - Fale qualquer coisa para me distrair.

- Se não quiser participar da festa, esta tudo bem. Queremos que se sinta confortável e bem. - Ele me olhou de canto e eu dei um sorriso sincero.

- Não se preocupe, irei aproveitar, acho que preciso de uma distração. - Levei minha mão até sua nuca e o acariciei.

Ran tem um jeito tão doce e calmo que jamais imaginaria que ele era assim quando o conheci no hospital. O desespero que as pessoas se encontram lá naquele ambiente as deixam irreconhecíveis. Claro que o mesmo não pode ver um rabo de saia que logo vai atras e no final volta correndo dizendo que são todas por diversão e sem afeto, acha que eu acredito no seu papo furado.

Vejo minha casa cada vez mais próxima e minha vó trancando a porta. Para onde ela poderia estar indo as 16h da tarde ? Saio do carro com Ran vindo logo atrás. Eles se conheceram de vista, não tiveram a oportunidade de trocar algumas palavras, mas a mesma já desconfiou do caráter dele só pelo seu olhar.

- Vovó, irá sair ? - Ela me encara por cima do ombro enquanto segurava sua bolsa

- Claro querida, ficar trancada em casa é exaustivo até mesmo para uma senhora como eu. - Se virou me dando o sorriso mais forçado possível. Como isso me doí o peito.- Irei visitar a Sophia, minha amiga brasileira.

- Ultimamente a senhora anda visitando bastante ela - Me aproximei dando um abraço - divirta-se então.

- É bom não se sentir tão sozinha... Obrigada minha flor - Ela tocou meu rosto antes de dirigir seu olhar para Ran - Tenham uma boa tarde.

Ran assentiu e vimos ela seguir em direção a um taxi, subiu e aos poucos foi desaparecendo do nosso campo de visão. Me viro para o roxeado com um semblante um pouco triste, queria entender o que esta se passando na vida dela. Yumi falou para que eu ficasse tranquila pois ela esta se cuidando, mas algo me faz desacreditar nessa história.

Entro dentro do apartamento seguida do Ran que observava tudo com atenção, é a primeira vez que ele entra na minha casa.

Peço para que ele sinta-se a vontade enquanto vou tomar um banho e me arrumar. Corri até meu quarto onde procurei o melhor vestido que tinha e aproveitei para usar uma lingerie que estava doida para experimentar.

Tomei um banho quente e lavei meus fios de cabelo até senti-lo sedoso. Coloquei a roupa e fui até o espelho fazer uma maquiagem agradável. Me senti bonita, nem muito chamativa mas também nem muito apagada. Os rapazes falaram que eu seria a acompanhante deles essa noite e que não precisariam de outras para atormenta-los. Claro que eu sei que Ran não irá se segurar e logo irá procurar por alguém do sexo feminino, assim como Takeomi e Manjiro. Rindou por sua vez, diz ter preguiça de relacionamentos enquanto Kakucho concorda que mulheres são complicadas demais para ele. Nunca perguntei a Sanzu se ele possui interesse em alguém, até porque estamos afastados e não possuímos tanta intimidade para isso. E bem, Kokonoi já sei a resposta.

𝐂𝐈𝐓𝐘 𝐎𝐅 𝐀𝐍𝐆𝐄𝐋𝐒 - BONTENOnde histórias criam vida. Descubra agora