That's almost a cliche - Hailee Steinfeld / You

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S/n pov

-Bom dia, gay - Harry fala me chacoalhando.

-Ah não... te falei para não me acordar - afundo o rosto no travesseiro, do qual ele fez questão de puxar de baixo de mim.

-Hoje é domingo, a gente não tem aula, então para de mau humor - se deita em cima de mim.

-Sai, Harry - o empurro.

-Nossa - me olha indignado, fazendo sua típica cara de ofendido. - Quando é a Hailee, você não tira ela.

-Não fala o nome dela, estou triste.

-Pois trate de ficar feliz, porque a culpa de você estar assim é toda sua. E vai resolver isso daqui a pouquinho - arregalo os olhos, lembrando que tinha prometido ir conversar com Sophia hoje.

-Só me deixa tomar café primeiro - me levanto da cama.

-E um banho, né? Porque ontem você estava tão entretida com seu luto pessoal que nem tomou.

-É - respondo simples, ignorando a provocação.

   Pego uma roupa aceitável e entro no banheiro. Acho que gastei o dobro do tempo que eu gasto para um banho, mas deu para acordar. Desço para tomar café e Harry já tinha ido embora, me deixando uma mensagem que pedia desculpa e falando para fazer a coisa certa hoje. Ótimo, sem melhor amigo e sem a menina que eu gosto.

-Bom dia, Chlo - dou um beijo em sua bochecha e pego a torrada de sua mão, a mordendo.

-Bom dia, folgada. Está melhor? - coloca outro pão na torradeira.

-Estou sim. Espero resolver as coisas ainda hoje com a Steinfeld fêmea - bufo e coloco café em minha xícara.

-Está naquela de "estou magoada, não cite o nome dela"? - fala me imitando e ri quando eu concordo.

-Não ria! - a olho séria e ela para.

-Eu tenho certeza que vai dar tudo certo.

-Você mal sabe o que aconteceu, mas obrigada.

-Não sei mesmo. Mas toda vez que vocês discutem, uma pede desculpa, a outra não aguenta e acaba cedendo. 

-É, mas agora é diferente - bebo um gole de café e me sento de frente para ela.

-Bom dia, meninas - minha mãe chega na sala apressada.

-Bom dia, mamãe - eu e Chloe falamos quase que em sintonia e nossa mãe sorri, dando um beijo na testa de cada uma.

-Vai trabalhar hoje? - pergunta e minha mãe assente. - Ó capitalismo, largue as mãos de minha família - Chloe dramatiza e tira sua torrada da torradeira, mas minha mãe pega. - Ninguém vai me deixar comer, não? - dou risada e ela mostra a língua.

-Eu perdi o horário, mas estou indo agora - pega o casaco pendurado ao lado da porta. - Muito obrigada pela torrada, Chlo. Tchau, filhas - manda um beijo no ar e sai.

-Desisto, vou comer uma banana - fala com as mãos para cima e vai em direção à cesta de frutas.

   Termino meu café conversando com minha irmã, quando escutamos a campainha. Deixo meu copo na pia e vou em direção às escadas, pensando que era apenas a mulher que viria para limpar a casa.

-Sophia, oi! Pode entrar - escuto minha irmã, após abrir a porta.

-Oi, Chlo. Obrigada - entra e vem até mim. - Ei, amor - tenta me dar um selinho, mas me viro e acaba acertando apenas o canto da minha boca, a fazendo franzir o cenho.

-Bom dia. Estava quase indo na sua casa, precisamos conversar.

-É, precisamos. Por que não me atendeu ou respondeu minhas mensagens enquanto estava nessa viagem?