Olhei ao redor, suspirei quando Ryung apareceu na minha frente e fui à direção dele. "Não quero mais estar com você!". Ouvi a voz dele gritando comigo e parei. "Lindinho?". Ele olhou para mim e virou as costas, andando para longe. Arfei indo atrás dele, mas eu estava preso. "Vamos terminar Christopher". Suspirei novamente e o chamei, mas ele foi ficando distante. Olhei ao redor quando tudo ficou escuro, meus pulsos pesaram quando eu olhei para eles, vendo correntes que me prendiam, as puxei enquanto fez um barulho alto, tentei me soltar. "Eu não te amo mais". Abri os olhos em um susto, encarando o teto com a respiração ofegante e coloquei os meus cabelos para trás. Olhei para o outro lado da cama, onde Ryung encolhido entre os lençóis. Virei-me, segurando a cintura dele e o puxando para perto. Ele gemeu em desagrado, no entanto me abraçou também.
— O que foi? — balbuciou. Encostei minha bochecha no topo de sua cabeça.
— Não foi nada lindinho, volte a dormir. — Sussurrei, e Ryu levantou a cabeça, olhou para mim e sua mão repousou na minha bochecha. Engoli em seco e ele suspirou.
— Você teve outro pesadelo, não foi? — Balancei a cabeça em um aceno positivo e ele se moveu, aconchegando-se nos meus braços e beijou o meu maxilar. Suspirei. — foi apenas um sonho ruim, está tudo bem. — sussurrou. Encostei meus lábios na sua testa, deslizando as minhas mãos pelas suas costas. — Eu estou aqui com você.
— Sim. Volte a dormir. — Sussurrei. Ouvi-lo dizer aquilo era um alívio. Sua respiração ficou lenta. Engoli em seco enquanto deslizava as minhas mãos pelos seus cabelos, comprimindo os lábios.
Eu fiquei mais um tempo acordado, apenas ouvindo a respiração baixa de Ryu enquanto ele dormia. Encarei 21 na mesinha ao lado dele, beijei a testa de Ryu devagar e fechei os olhos.
Pesadelos eram algo normal nas minhas noites, desde antes, sempre acordei nas madrugadas, porém, quando passei a morar com Ryu, a cada instante em que eu acordava, ele acordava também, costumava me abraçar ou se levantava só para fazer um chá e me obrigava a tomar. Nunca me questionava sobre eles e eu também não me sentia nada à vontade para falar. Geralmente, Ryung apenas se aproximava e dizia que iria ficar tudo bem.
Quando acordei estava sozinho na cama. Suspirei, me levantando e indo em direção ao corredor. Ryung estava na cozinha, sabia disso por causa do cheiro de comida, meus olhos bateram em direção à varanda e o saco de boxe pendurado lá. Já fazia tempo que eu não lutava. Sempre que tinha pesadelos costumava me levantar e ir para frente dele, somente para esvaziar o que estava sentindo. O boxe sempre foi a minha paixão, queria ter me tornado um profissional, mas estava tudo bem como as coisas estavam indo. Apesar de tudo, eu e Ryu permanecíamos juntos, então a abstinência do ringue valia a pena.
Encostei-me na parede da cozinha, olhando para ele de costas. Mordi o lábio inferior, descendo o olhar pelo seu corpo, ele era tão gostoso. Podia agarrá-lo sempre e não me cansaria. Ryung se inclinou, desligando a cafeteira, se esticou para pegar a xícara e empinou a bunda. Eu a adorava e podia fodê-la todos os dias que também não me cansaria. Queria o foder no balcão naquele momento, o ouvir gemer enquanto eu metia com força e ele me mandava ir com mais força ainda. O quão sexy seria ele se empinando enquanto se segurava no balcão? Eu já estava imaginando a cena pornográfica dele gritando ao mesmo tempo em que eu o fodia por trás.
Aproximei-me devagar e minhas mãos deslizaram pela lateral do seu corpo, eu o puxei para trás, colando sua bunda no meu pau e ele deu um pulinho, arfando surpreso.
— Christopher! Filho da puta. — Ri, beijando o seu ombro. Adorava quando arrancava aquelas reações esganiçadas dele.
— Lindinho, é você que está empinando sua bunda gostosa. Achei que estava me mandando te foder. — Ele riu das minhas palavras.
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Underground 2: Fora do ringue ( original version)
RomanceSérie Mafia Portinari ( Livro 3 ) VIOLÊNCIA/ LUTAS/ TRANSTORNO/ LEMON HARD/+18 A vida sempre foi como um ringue para Christopher Arcangelo. Preso em um ciclo vicioso, movido pela raiva e a dor, o grande lutador de Underground era apenas um caos viv...