Extra A partida de Caos by Lindinho

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Min Ryung aka Lindinho P.O.V.

Me espreguicei na cama, respirando fundo e um gemido escapou dos meus lábios pelas dores nos meus quadris.  Agarrei o travesseiro, o abraçando, querendo muito voltar a dormir. Sentindo falta de algo minhas sobrancelhas se apertaram e eu suspirei, estendendo a mão e procurando por Christopher.

— Chris. — Chamei-o, ainda com os olhos fechados, por ele não estar na cama, mas os abri quando Christopher  não me respondeu. — Christopher. — O chamei mais uma vez, olhando para a porta do banheiro e minhas sobrancelhas franziram. — Christopher ?

Me levantei e caminhei até a porta do banheiro entreaberta, a abri, olhando o cômodo vazio. Suspirei, fechando a porta. Se ele fosse fumar, simplesmente teria aberto a janela, como das outras vezes. Ele nunca saía do quarto sem me acordar antes. Levantei os olhos, meu coração parou quando olhei para a escrivaninha e não achei a mala dele ali. Ela estava lá ontem a noite. Engoli em seco, caminhando atá lá vendo somente 21 sobre a mesa. O ar faltou nos meus pulmões quando peguei a aliança dele, junto com um papel. Minha visão embaçou e eu senti minhas pernas trêmulas.

"Lindinho, estou indo proteger minha família. Me espere, eu volto para te buscar."

— Não, você não fez isso...— Balbuciei e abri a porta do meu quarto, descendo as escadas. Entrei na cozinha e vi apenas minha mãe ali. — Mãe, cadê o Christopher ?

— Ele não desceu ainda. — Ela disse. — Precisamos conversar, mocinho, sobre ontem a noite. Eu sei que sua vida sexual é ativa, mas vamos falar sobre limites... — Me virei, voltando correndo para o segundo andar. —  Ryung! — Minha mãe gritou, mas a ignorei.

Senti meus dedos trêmulos e meu coração doer a cada batida. Um bolo surgiu na minha garganta e parecia que o corredor havia ficado enorme. Alcancei a porta do meu quarto e peguei 21, respirando fundo.

— 21, socorro. — Falei as palavras de comando dele, mas ele não acendeu. — 21, chame Christopher. — Falei, sentindo as lágrimas no meu rosto e negando com a cabeça. — Não. Funcione 21, por favor. — Falei, olhando para ele, mas 21 não foi acionado. Fechei os olhos e solucei. — Não... — Miei.

Meus pés viraram, eu corri para o quarto do meu pai e abri a porta com tudo. Ele olhou para mim e minha visão embaçou. Eu solucei, chorando e seus olhos se arregalaram.

— Filho? — Ele me chamou alarmado.

— Papai... o Christopher. — Falei, chorando. — Onde ele está? Ele foi embora, não foi? Ele foi embora e deixou a droga de um bilhete! 21 não esta funcionando! — Gritei aos prantos. — Você não podia ter o deixado ir! Deveria ter dito que ele não estava pronto! — Gritei.

—  Ryung. — Minha mãe falou e eu me virei, olhando para ela.

— Mãe, o Christopher  foi embora. — Falei, chorando ainda mais. — Ele foi embora de novo. Ele não podia ter ido. — Falei desesperado. — Ele estava estranho ontem a noite, mas eu achei que era ciúmes.

—  Ryu, acalme-se. — Minha mãe falou, segurando nos meus ombros e eu neguei com a cabeça várias vezes.

— Não mãe, ele foi embora. Ele me deixou. — Solucei, tremendo. — Ele prometeu que não faria isso.

—  Ryu. — Meu pai me chamou, estendendo a mão e eu corri até ele, o abraçando e então solucei novamente, chorando alto.

— Papai, faça alguma coisa. Ele foi para lá sozinho. — Falei contra o peito dele e senti quando me apertou. — Não deixa pai, não deixa ele sozinho com o Arthur lá. O traga de volta papai, eu quero ele de volta. — Falei chorando. 

Underground 2: Fora do ringue ( original version)Onde histórias criam vida. Descubra agora