𝟬𝟭 : when hell freezes

270 24 15
                                    

% primeiro capítulo :
quando o inferno congelar.

— Eu vou te matar e depois vou enterrar seu corpo no quintal

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


— Eu vou te matar e depois vou enterrar seu corpo no quintal.

O grito com certeza pôde ser ouvido por toda vizinhança. A de cabelos encaracolados corria pelo quarto, tendo a mais baixa como seu alvo, com o intuito de descontar toda raiva e frustração que sentia. Não tendo êxito em sua perseguição, parou.

Nami sempre foi melhor em esportes do que Hera.

— Para com isso, a gente nem tem quintal sua burra — aproximou-se cuidadosamente da amiga, atenta a qualquer sinal de ameaça.

Jogou-se na cama atrás de si, colocando uma almofada contra o rosto e soltando um grito, que saiu abafado graças ao objeto de tecido.

— Nami, você destruiu a minha reputação. Se isso cair na boca da equipe de jornalismo eu estou acabada — seu tom de voz saiu minimamente mais calmo, mas em sua cabeça a vergonha permanecia.

— Não é desse grupinho aí que você faz parte? — a também ruiva, jogou-se na cama ao lado da mais alta, com o celular em mãos.

— Mesmo assim! Será super vergonhoso se descobrirem que eu tenho um perfil em um site de encontros a cega.

Isso mesmo, agora Hera Esposito possuía um perfil em uma espécie de Tinder para pessoas solteiras e desesperadas, tudo isso graças a sua melhor amiga. Sentia-se envergonha e furiosa só de imaginar que seus dados estavam agora em um site para todo mundo que quisesse ver o quão encalhada ela era.

Claro, ela nunca se definiria assim, era muito jovem para se rotular de tal maneira e até já havia ido a alguns encontros, e mesmo que todos tenham fracassado, não era um indicativo de que ela era uma encalhada sem sorte no amor. Pelo menos não pra Hera. Só Nami pensava diferente, porque ao seu ver a meia italiana precisava conhecer logo o amor, o quanto antes.

— Para de ser fresca, nem tem como saber que é você — justificou, mostrando que no perfil não havia foto ou um nome real.

— Pior ainda! Eu não tenho como saber quem é o maluco também— voltou a se preocupar com as possíveis consequências desse maldito ato.

— Pode ficar tranquila, vou procurar alguém que tenha o mínimo de características de um psicopata — bufou, dando-se por vencida, conhecendo Nami o suficiente, sabia que ela não desistiria por nada da péssima ideia que teve.

— E você acha que isso me tranquiliza?!

No mais, estava tentando pensar positivo, — e falhando — pois talvez aquele perfil não desse em nada. Afinal, quem em sã consciência sairia com um desconhecido que nem ao menos possui foto de perfil? Esse é o problema! Aparentemente existia alguém maluco o suficiente para isso, pois agora a ruiva tinha os olhos brilhando, enquanto encarava a tela do celular.

𝗹𝗼𝘃𝗲𝗹𝘆 𝗯𝗹𝘂𝗻𝗱𝗲𝗿. Onde histórias criam vida. Descubra agora