𝟬𝟱 : confusion

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% quinto capítulo :
confusão.

Acordar em uma casa, em uma cama e em lençóis que não são os seus próprios é sem dúvida algo

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Acordar em uma casa, em uma cama e em lençóis que não são os seus próprios é sem dúvida algo...estranho, mas isso piora noventa por cento — pra não dizer, cem — quando isso acontece na casa de um cara, por quem você alimenta uma enorme antipatia — agora um pouco menor. Fazia mais ou menos uma hora desde que Hera havia despertado no quarto de Ace, onde o garoto já não se encontrava mais; trinta minutos atrás ela havia ido até o banheiro, onde encontrou uma escova de dentes nova, junto com um analgésico, em cima do mármore da pia.

Ele estava sendo estranhamente atencioso, e isso para ela é algo a se desconfiar.

Há alguns minutos ela estava sentada na beirada da cama, rolando a tela do celular. Respondeu as várias mensagens de Nami, que parecia a ponto de registrar um boletim relatando o desaparecimento da amiga. Não quis explicar tudo por mensagens, mas fez questão de tranquiliza-lá. Estava juntando forças para sair do quarto e encarar Ace depois do papelão da noite anterior.

Finalmente, ao descer as escadas por completo, se deparou com um cômodo com decorações sofisticadas, piso de madeira e vários quadros espalhados pelas paredes da sala; em um deles estava a foto de um homem, usando um uniforme de marinheiro, nos outros haviam pinturas renascentista. Era uma decoração de bom gosto que ela sempre fazia questão de admirar.

— Vejo que ainda gosta de arte — a voz grave ecoou no cômodo vazio, fazendo a ruiva saltar pelo susto.

Hera encarou a Garp recostado na entrada da cozinha. Ele como sempre possuía um ar de seriedade, parecia ser alguém imponente, talvez severo. Levou a xícara à boca, tomando mais um gole de chá e disparando mais uma pergunta:

— Como estão seus pais? — a pergunta fez Hera soltar um riso nasal, lembrando do cenário cômico da sua família.

— Meu pai está muito feliz com o seu... quinto casamento, e a minha mãe deve está ainda mais feliz por aí, em alguma ilha paradisíaca, com uma diária milionária.

Garp gargalhou, mas se fosse anos atrás ele iria consola-la, dado aos pais malucos que Hera possuía; era difícil pensar em sua família sendo tradicional. Sua mãe, uma espanhola obcecada por mitologia grega, casou com seu pai, um italiano obcecado por fórmula 1. Dessa mistura nasceu Hera Esposito, que sempre detestou história e reprovou quatro vezes antes de tirar carteira de motorista.

— Vi o Ace te carregando pela casa ontem à noite — comentou, fazendo a ruiva arregalar os olhos — Não preciso dizer que sempre achei estranho essa implicância que vocês tinham um com o outro e soube que acabariam assim... na cama um do outro.

Hera não estava tomando nada, mas se estivesse com certeza teria cuspido tudo para fora naquele momento.

— Não! — praticamente gritou, vendo Garp gargalhar mais uma vez.

𝗹𝗼𝘃𝗲𝗹𝘆 𝗯𝗹𝘂𝗻𝗱𝗲𝗿. Onde histórias criam vida. Descubra agora