𝟬𝟵 : reconciliation

84 13 5
                                    

% nono capítulo :
reconciliação.

⌗ % !nono capítulo :reconciliação

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Atchim. Atchim. Atchim.

O barulho se seguiu um após outro, atraindo a atenção do garoto em direção a ruiva, que tinha os olhos marejados e a ponta do nariz vermelha. Ela coçou o nariz quando percebeu que o garoto a olhava, que desviou o olhar rapidamente, voltando a olhar pela prateleira, buscando mais alguns itens que seriam úteis na decoração do salão. Faltavam exatos sete dias para a festa de fim de período, e eles precisaram selecionar alguns itens, como cabos e adaptadores, para a montagem de som.

Era incômodo dividir um ambiente tão apertado com alguém que você não fala a alguns dias, e talvez fosse isso que estivesse tornando o ar tão difícil de respirar para Hera, ou talvez só fosse a sua alergia a poeira. De toda forma, tornava estranho estar na presença de Ace e não ouvir suas provocações, que ela sempre achou irritante, mas que por algum motivo fazia falta naquele instante. Respirou fundo, e se surpreendeu ao ver o garoto fazer o mesmo. Ao mesmo tempo.

Aquilo o incomodou, mas ele não daria o braço a torcer, não falaria absolutamente nada. Ele estava chateado com Hera? Não. Porém, não pensava que estava errado, mesmo que aquilo tenha incomodado Hera, ele ainda a defenderia da mesma forma. Por isso, nada de pedido de desculpas.

De repente, de forma estridente, um grito ecoou por todo o cômodo e sem que nenhum dos dois tivesse tempo pra assimilar, Hera correu em direção a Ace, agarrando a cintura do mesmo e se escondendo atrás dele, usando-o de escudo humano.

— Essa é a sua forma de pedi desculpa, por acaso? — arriscou uma brincadeirinha, que ela não deu atenção, talvez por estar tão aterrorizada.

— T-tem uma aranha enorme ali — apontou em direção a um caixote de madeira, que estava encostado na parede.

— E o que você quer eu que faça?

— Assassine ela, ué — ela continuava o usando como escudo.

Ace gargalhou, como se ela tivesse falado a coisa mais engraçada possível, indo em direção a caixa de madeira, com Hera ainda colada em sua cintura; ele não podia negar que estava gostando daquela aproximação, talvez ele até devesse fingir que não achou o inseto, só pra ver até quando Hera ficaria grudada em sua cintura, ele não se incomodaria se ele resolvesse passar a eternidade ali.

Afastou o objeto, viu a figura causadora de tanto terror, e como imaginava ela não passava de um ser quase minúsculo.

— A não, Hera, esse escândalo todo por isso?! 'Tô até com dó de matar o bichinho.

— Coisa nenhum! Mata logo esse monstro, Ace — dessa vez apertou forte os bíceps do rapaz, ao passo que ele chegou mais perto do aracnídeo.

E pisando na aranha, viu ela se contorce um pouco, logo parando totalmente, já que agora estava esmagada pela sola do tênis de Portgas. Hera suspirou de alívio e notando como estava agarrada a Ace, se afastou rapidamente, com um rubor nas bochechas, vendo um sorriso pequeno se formar nos lábios dele.

𝗹𝗼𝘃𝗲𝗹𝘆 𝗯𝗹𝘂𝗻𝗱𝗲𝗿. Onde histórias criam vida. Descubra agora