𝟭𝟮 : confessions

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% décimo segundo capítulo :
confissões.

O barulho de porta sendo aberta, seguido de um estrondo provocado pela mesma, chamou a atenção de todos presentes na sala de estar

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O barulho de porta sendo aberta, seguido de um estrondo provocado pela mesma, chamou a atenção de todos presentes na sala de estar. Os olhos de todos seguiram a figura de Hera passar pela sala, com cabelos molhados e olhos vermelhos, descalça e pisando fundo, caminhou sem dirigir uma única palavra ou olhar para ninguém. As garotas ali presentes levantaram-se quase que de imediato, como se conseguissem ler os pensamentos de Hera, caminharam também em direção a escada.

Novamente o barulho de porta sendo aberta ecoou pela sala e a figura de um rapaz com expressão aflita surgiu, atraindo a atenção de todos, que se encontravam em completo silêncio, ainda em choque, tentando assimilar todas as informações que haviam surgido tão de repente. Ele também caminhou até a escada, sendo impedido de subir por Koala.

— Koala, por favor, eu preciso conversar com a Hera — sua voz estava embargada, seus olhos marejados fizeram os da garota marejarem também. Ela nunca havia visto o cunhado tão vulnerável.

— Eu sei que precisa, mas esse não é um bom momento, por favor, fique aqui — pediu.

— Ace, vai ficar tudo bem! — sentiu o toque de Sabo no seu ombro — Vem, também precisamos conversar — hesitou um pouco, mas decidiu acompanhar o irmão, afinal não havia nada que ele pudesse fazer naquele momento.

Koala subiu apressada até o quarto onde Nami já se encontrava, tentando confortar a amiga, que estava desconsolada e chorava, um pouco menos do que quando entrou. Fechando a porta atrás de si, sentou-se ao lado da garota.

— Hera, estou preocupada, me fale o que aconteceu. O Ace te fez algo? — a ruiva questionou, receosa.

— Nami, quem você pensa que o Ace é? Ele nunca faria mal a Hera, você sabe — Koala saiu em defesa do garoto.

— Eu sei que o Ace é uma boa pessoa, mas ele continua sendo homem — argumentou.

— Mesmo assi-

— Nós nos beijamos — interrompeu a pequena discussão das garotas, que a encararam confusas.

— E qual o problema? — foi uma pergunta sincera.

— O problema, Nami, é que o Ace não gosta de mim, ele só quer brincar comigo, como fez com todas as minhas amigas no ensino médio. Ele mudou comigo, há meses ele tem agido como nunca agiu, e tudo isso para chegar agora e me beijar — secou as últimas lágrimas que ainda molhavam seu rosto e levantou, ficando em frente as garotas — Vocês tem ideia de como a minha cabeça está?! Claro que não! Nami, você sempre foi super autossuficiente, e Koala, você tem um namorado maravilhoso. Mas, eu nunca tive nada disso, por isso protegi meu coração com unhas e dentes para nunca precisar passar por essa merda de amor, e agora tudo isso ruiu.

Respirou fundo antes de continuar:

— Quando o Portgas me beijou, quando ele me tocou, eu vi no fundo daqueles olhos a minha ruína. Eu não posso me apaixonar — encarou os próprios pés, não havia mais o que dizer, havia colocado tudo pra fora.

𝗹𝗼𝘃𝗲𝗹𝘆 𝗯𝗹𝘂𝗻𝗱𝗲𝗿. Onde histórias criam vida. Descubra agora