𝗔𝗟𝗜𝗡𝗔 𝗤𝗨𝗘𝗥𝗜𝗔 𝗔𝗣𝗘𝗡𝗔𝗦 recomeçar. Perder o pai e ser assombrada diariamente pelas lembranças do fatídico acidente era demais para a cabeça da adolescente, seu corpo implorava por paz. E ali, na minúscula cidade de Forks, a tão almejada...
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Meu estômago estava se revirando de maneira torturosa no meu estômago. Minha boca parecia amarga e meus dedos estavam apertando os de Jasper contra os meus como se minha vida dependesse disso. Eu estava nervosa pra cacete.
Tá certo que fui eu quem atiçou a fera e praticamente implorou para o que estava prestes a acontecer, mas isso não impedia minhas inseguranças de aparecerem. Acontece que minha experiência sexual era extremamente baixa, para não dizer inexistente. Meu único contato com esse tipo de coisa foi no ano retrasado, quando fiz um boquete desajeitado — e horrível — em um cara numa festa a fantasia de final de ano em uma das boates de Miami. Eu estava podre de bêbada, longe das minhas amigas e um cara apareceu, tão atencioso e meigo que eu me perdi na conversa e tomei mais alguns drinks com ele. Conversa vai, conversa vem, eu não lembro de muita coisa, só de estar ajoelhada no chão esburacado de um banheiro fedorento e sujo e ter sua mão na minha cabeça, obrigando a seguir seus movimentos na direção do seu pênis.
Lembro também de ficar uma semana inteira com os joelhos machucados graças ao chão vagabundo, e de não conseguir esquecer o gosto de coisa estragada por muito tempo. Eu jurei para mim mesma que não iria mais dar atenção para ninguém quando estivesse bebendo ou agir por impulso, só quando me sentisse verdadeiramente segura e pronta. Eu não queria dar o próximo passo com qualquer um e me arrepender depois, como aconteceu com esse cara.
E então, aqui estava eu, quebrando minhas próprias regras e seguindo Jasper pelo salão como uma cadelinha. Não que as situações fossem iguais, muito pelo contrário. Eu me sentia tão em paz com Jasper que poderia dormir só de estar em sua presença, e sentia lá no fundinho do meu coração que ele nunca me machucaria, nem mesmo em uma hora tão intensa quanto a do sexo. Eu confiava de corpo e alma nele.
E era por isso que era tão importante para mim que minha primeira transa fosse com ele. Eu queria aproveitar tudo que ele podia me proporcionar, porque acreditava fielmente que ainda tínhamos muito o que viver e nossas histórias só estavam começando. Um pressentimento esquisito, mas claríssimo para mim.
— Jasper, espere. — Pedi, puxando sua mão, o fazendo parar de andar e me olhar. — Tenho que avisar Isabella que estou indo e saber se está bem. — Disse, com uma pontada de preocupação na voz. Sempre achei sacanagem aquelas amigas que vinham juntas e se separavam do nada no rolê, pouco se importando com a saúde uma da outra. Eu gostava muito de Bella para fazer isso com ela.
Um sorriso calmo surgiu nos lábios do loiro, me tranquilizando imediatamente.
— Edward está com ela, querida. Vou levá-la até eles. — Murmurou, deixando um beijo casto no meio da minha testa ao seguir na direção contrária a que estava indo e passar por mim, me puxando gentilmente para ir junto.
Atravessamos a multidão e paramos nas escadas, onde Jasper acenou com a cabeça para o segurança e o mesmo liberou nossas entradas sem questionar nada. Fiquei confusa, mas segurei a língua para o momento certo. Subi as escadas com o apoio da mão dele no meio das minhas costas e saímos em um corredor estreito, com dezenas de sofás grandes e luxuosos logo à frente. Cada um ficava afastado do outro, concedendo privacidade para quem estivesse ali, e a iluminação consistia em um abajur suave no topo do teto. Se você não chegasse perto, era impossível ver o rosto de quem estivesse sentado.
