𝐶ℎ𝑎𝑝𝑡𝑒𝑟 𝐹𝑜𝑢𝑟𝑡𝑒𝑒𝑛

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Eu ainda estava completamente fora do eixo quando entrei no carro, enquanto Jasper fechava a porta para mim e dava a volta para ocupar seu próprio lugar no banco do motorista

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Eu ainda estava completamente fora do eixo quando entrei no carro, enquanto Jasper fechava a porta para mim e dava a volta para ocupar seu próprio lugar no banco do motorista. 

Como ele havia avisado, o aquecedor estava ligado, deixando o ambiente quentinho. Porém, devido ao beijo intenso que recebi, não estava mais com frio. Só calor, e muito. Tirei a jaqueta que Jasper me emprestou e coloquei no banco de trás, logo em seguida puxando meu cinto de segurança. 

Olhei para o lado, num ato de reflexo, e me surpreendi ao ver Jasper com o olhar fixo em mim, esperando pacientemente eu me ajeitar no banco para dar partida e sair. Nossos olhares se cruzaram e o brilho desejoso ainda estava presente, faiscando na minha direção. 

Minha garganta se fechou minimamente, devido ao nervosismo. Acho que nunca iria me acostumar com um homem desses me olhando desta maneira. 

— Tem um hotel a alguns quilômetros daqui. — Disse, manobrando o volante para entrar com o carro na estrada. Sua atenção agora estava focada nela. — Não é um percurso rápido, sei que você tem dúvidas, posso tentar responder o máximo possível durante o caminho. 

Suspirei, animada com a idéia de entender exatamente no que estava me enfiando. 

— Me conte sobre você. Como era sua vida antes, sua história, como virou um vampiro, o que isso significa. Quero saber absolutamente cada detalhe que você possa achar insignificante. — Pedi, me virando de lado no assento para olhá-lo melhor. 

Jasper pareceu ficar feliz com o fato da primeira pergunta ser focada em si, me lançando um sorriso carinhoso antes de começar a falar. 

— Não menti quando disse que nasci no Texas, especificamente em Texas City. Nem que os meus pais eram donos de uma pequena fazenda, onde cultivavamos legumes, verduras, gado e animais. Minha mãe era muito amável, estava sempre dizendo que me amava e fazendo meus pratos preferidos quando eu estava triste, lembro nitidamente dela se sentando na beirada da minha cama todas as noites para conversarmos até que eu pegasse no sono. Era uma mulher respeitada e adimirada entre os moradores. Meu pai era o completo oposto; rígido, não gostava de conversar e raramente expressava algum sentimento além de raiva. Qualquer coisa o tirava do sério. Ele e minha mãe brigavam todo santo dia, pelos mais fúteis motivos. Eu evitava ficar no mesmo ambiente que ele e a ter que trocar qualquer palavra que não fosse estritamente necessária, não tínhamos quase nenhuma afinidade. — Meu coração se apertou com a história, engolindo a vontade de puxa-lo para um abraço. — Mas ele trazia o sustento da casa, não deixava faltar alimento, sempre dava um jeito quando as lavouras atrasavam na colheita. Às vezes trazia um ou outro doce que comprava dos vendedores ambulantes, mesmo não gostando, mas sabendo que eu e minha mãe sim. Acredito que essa era a sua forma de demonstrar indiretamente que éramos importantes para ele. Que nós amava. 

Acenei com a cabeça, concordando. 

— Como eles se chamavam? — Perguntei. 

— Marie Johnson Whitlock e William Miller Whitlock. 

𝑰𝑹𝑹𝑬𝑺𝑰𝑺𝑻𝑰𝑽𝑬𝑳 ― 𝐽. 𝐻𝑎𝑙𝑒Onde histórias criam vida. Descubra agora